Homens da Força Nacional e das Forças Armadas patrulham as ruas de Vitória e Vilha Velha. O objetivo é acabar com a onda de violência que atinge o Espírito Santo desde sábado (4), quando familiares de policiais passaram a impedir a saída de viaturas dos 19 batalhões do estado em protesto por reajustes salariais. Assassinatos, roubos e saques foram registrados em 14 municípios. Até às 13h30 desta terça-feira (7), 75 mortes foram registradas.
Na Grande Vitória, saques e tiroteios continuam acontecendo mesmo com o exército nas ruas.
Nas redes sociais, moradores pedem ajuda para os municípios que não receberam o reforço de segurança federal. Hashtags como #Guaraparipedesocorro, #SãoMatheuspedesocorro e #Cachoeiropedesocorro tomam conta do twitter com relatos de casos de violência e do descaso fora da capital.
Com os protestos e sem policiamento, escolas estão sem aulas e rede de saúde sem atendimento . O Departamento Médico Legal de Vitória precisou fechar as portas devido à superlotação. Corpos estavam espalhados pelo chão devido o esgotamento das gavetas frigoríficas.
Os números superam o de outra greve ocorrida na Bahia. Em 2014, durante a paralisação da Polícia Militar da Bahia houve um aumento de quase 500% na taxa de homicídio de Salvador, quando houve o registro de 35 mortes em um único dia. No Rio de Janeiro, familiares de policiais se organizam para ocupar a frente dos batalhões em protesto pelo pagamento do 13º salário, do RAS e de metas alcançadas em 2015 devidos aos servidores. No Espírito Santo, a Polícia Civil planeja aderir a greve dos militares.
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