RIO DE JANEIRO, RJ, 09.08.2017: TEMER-RIO - O presidente Michel Temer visita o Encontro Nacional de Comércio Exterior (ENAEX), evento promovido pela Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), nesta quarta-feira (9) no centro de convenções Sul América no Rio de Janeiro. (Foto: Humberto Ohana/FramePhoto/Folhapress)

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Dados de desemprego mostram que Rio de Janeiro caminha para além do fundo do poço

No estado falido de Pezão, Cabral e companhia, Temer ganha uma sonora vaia ao falar sobre as "melhorias" na economia.

RIO DE JANEIRO, RJ, 09.08.2017: TEMER-RIO - O presidente Michel Temer visita o Encontro Nacional de Comércio Exterior (ENAEX), evento promovido pela Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), nesta quarta-feira (9) no centro de convenções Sul América no Rio de Janeiro. (Foto: Humberto Ohana/FramePhoto/Folhapress)

As manchetes de “O Globo” e “Estadão”  na tarde desta quarta (9) comemoram mais um mês de aumento na quantidade de empregos formais no país. Foram 35,9 mil vagas, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho. Deve ser mais um dia de festa no Fantástico Mundo de Temer.

Tudo bem que não faz muito tempo, entre dezembro e fevereiro deste ano, a quantidade de gente parada havia batido um recorde histórico: segundo o IBGE, foram 13,5 milhões nesse período. Ou seja, agora, é basicamente como se estivéssemos no fundo do poço, mas levantando os bracinhos para ficar alguns centímetros mais perto da longínqua saída do buraco.

Manchete do site de "O Globo"

Manchete do site de “O Globo”

Reprodução

Das 35,9 mil vagas, 21,8 mil (60,7%) foram criadas no estado mais rico do país. Por outro lado, o Rio é o último colocado e ficou no negativo em 9.320 empregos.

E basta uma olhada nos números referentes a julho do Caged para quem vive no Rio de Janeiro ficar ainda mais deprimido. O superávit na criação de vagas é basicamente sustentado por São Paulo. Das 35,9 mil vagas, 21,8 mil (60,7%) surgiram no estado mais rico do país. Por outro lado, o Rio é o último colocado e ficou no negativo em 9.320 empregos.

Outros seis estados também conseguiram essa façanha de definhar ainda mais: Tocantins, Alagoas, Sergipe, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Espírito Santo. Os capixabas, piores desta lista, conseguiram ficar no negativo em “só” 1.841 empregos. Ou seja, o Rio ganhou de goleada nesse quesito. Goleada de gols contra.

Para quem não acompanha de perto, o Rio é aquele estado que foi administrado pelo atual presidiário Sérgio Cabral e agora está sob a batuta de seu ex-fiel escudeiro Luiz Fernando Pezão. Há meses, o governador promete botar em dia os salários dos servidores, mas a cada dia que passa isso parece cada vez mais promessa de político.

Com tanta tristeza no ar carioca, não foi à toa que Temer levou uma sonora vaia ao comemorar os números da economia durante um evento realizado nesta quarta no Centro da cidade. Ao lado dele, estava o vice-governador do Rio, Francisco Dornelles, um político que parece tão eterno quanto a crise por que estamos passando.

Se em Brasília, já há pouco, quase nada ou nada mesmo a comemorar. No Rio, isso soa como deboche.

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Quando o assunto é a ascensão da extrema direita no Brasil, muitos acham que essa é uma preocupação só para anos eleitorais. Mas o projeto de poder bolsonarista nunca dorme.

A grande mídia, o agro, as forças armadas, as megaigrejas e as big techs bilionárias ganharam força nas eleições municipais — e têm uma vantagem enorme para 2026.

Não podemos ficar alheios enquanto somos arrastados para o retrocesso, afogados em fumaça tóxica e privados de direitos básicos. Já passou da hora de agir. Juntos.

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