Você conhece o tipo.
Homem de meia-idade, cansado do trabalho. Está na luta há anos e resmunga sobre como as coisas eram feitas dez vezes melhor no passado. De vez em quando, perde a paciência por nada com um colega de trabalho. É o rabugento do escritório. Está na hora de ir embora, e ele provavelmente percebe isso.
Geralmente, mal humorados dos ambientes de trabalho são ignorados ou demitidos, mas a Agência de Segurança Nacional dos EUA (National Security Agency, NSA) deu uma plataforma exclusiva a um dos seus. No meio deste ano, em um boletim interno, a NSA publicou uma série de artigos de Rahe Clancy, um espião desiludido com o que a agência havia se tornado e com o que ele estava fazendo lá. Não que Clancy não gostasse de espionar pessoas ou governos – ele apoiava as coletas da Signals Intelligence, ou SIGINT –, mas tinha a sensação de que a NSA havia se perdido.
Depois de 30 anos de carreira, escreveu: “Eu me vi transformado em um rabugento da SIGINT”. Em 2005, ele publicou seu artigo de estreia no boletim informativo SIDtoday, direcionado ao núcleo da diretoria de Signals Intelligence. Clancy escreveu que estava especialmente preocupado com o futuro de sua área de especialização, conhecida como “coleta”, através da qual a NSA intercepta e baixa uma variedade de transmissões, tanto terrestres quanto de satélites. “Eu estava convencido”, continuou ele, “de que a coleta era um campo de carreira moribundo e que a administração da NSA estava acelerando seu fim por negligência”. Clancy estava escrevendo para um público distinto: os milhares de espiões, hackers e analistas que trabalhavam para a NSA. Seus artigos para o SIDtoday, publicados em uma rede de computadores seguros, foram fornecidos ao Intercept pelo whistleblower Edward Snowden.
Clancy tinha uma teoria a respeito do que estava dando errado: a NSA estava sendo administrada como uma empresa, não como uma agência de espionagem. Essa gestão enfatizava gerentes, clientes, produtos e satisfação do cliente. Havia lacunas substanciais de pagamento e benefícios entre a liderança e a força de trabalho. E o jargão era enlouquecedor, uma tempestade diária de “paradigma”, “sinergia”, “empreendimento” e “formação de times”. Tudo o estava enlouquecendo – literalmente. Um dia, ele desmoronou e teve um grande desentendimento aos gritos com seus chefes no meio do escritório. Pensou em antecipar a aposentadoria, mas precisou ficar porque precisava de todos os benefícios.
“Não consigo ver como a administração de uma agência de inteligência criptológica pode se parecer mais do que superficialmente com a administração de uma corporação”, escreveu ele em sua última coluna. “Se tivéssemos um produto para vender e uma concorrência vendendo esse produto, eu adotaria o modelo corporativo para a NSA sem pestanejar. Mas nós não temos concorrência.”
Algo estranho aconteceu no seu caminho resmungão para a saída. A última coluna de Clancy foi publicada quando ele se aposentou, em 2006, e foi um sucesso inesperado. Intitulada “O último rabugento do SIGINT!”, brincou de maneira amargurada com o que ele definiu como “corporativês” que havia tomado conta da agência (“SINERGÍSTICO: isso não é de ‘Mary Poppins?’”). Em um artigo de acompanhamento, os editores do SIDtoday disseram que receberam uma “quantidade sem precedentes de feedback” e publicaram uma amostra disso. “Na mosca!”, escreveu um funcionário. “Muitos acham que é mais importante ‘ficar à frente’ do que fazer as coisas!” Outro espião comentou: “Maravilhoso e direto ao ponto. Muito é gasto em propaganda e bobagens sem sentido.” Um veterano de longa data acrescentou: “Eu sempre lembro com saudade da NSA a que me juntei em 1982… Se alguém souber para onde foi, por favor, me envie um mapa.”
Com seu último tiro, o rabugento se tornou um herói.
Leitor inveterado e colecionador
No estilo dos tabloides, o SIDtoday tinha um elenco rotativo de colunistas retirados da força de trabalho da agência. Havia o “filósofo da SIGINT”, que escrevia sobre questões éticas de vigilância; havia uma coluna chamada “Pergunte a Zelda!”, uma espécie de consultório sentimental para espiões; e havia a “Sinal x Ruído”, que explorava as complexidades da coleta de dados. Clancy, como o rabugento da SIGINT, lançava um olhar crítico sobre o discurso interno na maior agência de espionagem do mundo. Ele era, com seu jeito mal-humorado, um antropólogo amador da cultura de vigilância moderna.
Aposentado, Clancy continua com suas rabugices, no sentido de se mostrar meio irritado quanto a falar com um repórter. Acabou discutindo, em uma troca de e-mails, sua crítica à agência, ainda que se atendo a generalidades. “Os vários juramentos que fiz para proteger informações classificadas e a constituição ainda são muito reais para mim”, disse ele ao Intercept. “Se isso me leva a ser ‘supercauteloso’, que seja.”
Minhas tentativas de contatar Clancy começaram há vários anos, quando consegui um endereço de e-mail e o número de telefone da mulher dele. Na primeira vez que falei com ela, em 2015, ela contou que a NSA disse ao marido para não falar comigo. Na vez seguinte, no início de julho, quando comecei a escrever esta reportagem, ela me deu o número de telefone dele. Deixei várias mensagens de voz ao longo muitos dias e enviei um e-mail à mulher dele novamente – sem resposta. No entanto, cerca de uma semana depois, Clancy me respondeu. “Peço desculpas por ignorar suas tentativas de se comunicar por tanto tempo”, escreveu ele. “Eu não estava ansioso para discutir qualquer um dos documentos vazados, nem para ter meu nome tornado público. Ainda não estou empolgado com isso!”
“Nunca fui muito bom com autoridade, especialmente do tipo militar.”
Eu tinha enviado algumas perguntas gerais, e ele respondeu a algumas delas. Contou que é um leitor ávido. Os gêneros de sua preferência incluem história alternativa, faroeste, romances de guerra, romances históricos, egiptologia e ficção científica, especificamente novelas espaciais. Ele tem mil livros em sua biblioteca em casa e 500 em sua coleção digital. Ele não se considera um escritor. “Eu escrevia para o trabalho e às vezes por diversão”, disse ele. “Se tenho algum talento nessa área, é por causa de professores dedicados e uma escola secundária muito pequena. Nunca havia mais do que cem alunos entre o 9º e o 12º ano.”
Alguns minutos no Google ajudaram a preencher as lacunas em relação a essa escola e outras partes da biografia de Clancy. Ele vem da América profunda. Nasceu em 1948, filho de um fazendeiro de Dakota do Norte, veterano da Segunda Guerra Mundial que serviu na campanha de Guadalcanal. Cresceu em uma pequena cidade, Buffalo, e depois de se formar na escola local, frequentou a Universidade de Dakota do Norte em Grand Forks. Depois de um ano, saiu para se alistar no Exército e aparentemente serviu na inteligência militar durante a Guerra do Vietnã. Mas isso durou apenas três anos. Em um de seus artigos, Clancy reconheceu que “nunca fui muito bom com autoridade, especialmente do tipo militar”. Depois de voltar para Dakota do Norte e se casar em 1974, assumiu um emprego civil na Inglaterra junto ao Departamento de Defesa. Foi o início de sua carreira na NSA, que está abaixo do Departamento de Defesa. Seus três filhos nasceram na Inglaterra e, em 1990, a família voltou para os EUA, estabelecendo-se em Maryland, não muito longe da sede da NSA em Fort Meade.
Como praticamente todo mundo na NSA, o trabalho de Clancy era sigiloso. No entanto, ele descreveu um pouco dele em um de seus artigos, referindo-se a “20 anos de experiência no FORNSAT e 10 anos de coleta de HF”. Sua referência ao FORNSAT indica a coleta de satélites, que envolve direcionar os fluxos de dados provenientes de satélites para receptores na Terra. Sua referência à “coleta HF” parece se referir a coleta de sinais de rádio de alta frequência (High Frequency), uma espinha dorsal tradicional da espionagem da NSA. Na fase final de sua carreira, Clancy serviu por 17 meses como oficial de coleta sênior no Centro de Operações de Segurança Nacional da NSA, onde esteve envolvido em reagir a eventos conforme eles aconteciam ao redor do mundo. Era um trabalho que ele adorava e apaziguava seu lado ranzinza.
“Dei suporte a operações militares afegãs, operações militares iraquianas, numerosas missões de pesquisa de combate e resgate (CSAR, Combat Search and Rescue), aeronaves abatidas, situações de reféns e uma miríade de outras tarefas”, escreveu ele no SIDtoday. “Ajudei a rastrear agentes da Al Qaeda, membros do Talibã, membros do antigo regime iraquiano e aviões e navios transportando armas de/para nações proscritas. Às vezes tudo de uma vez! Eu estava de serviço na noite em que invadimos o Iraque, e voltei para casa naquela noite acabado, mas com uma sensação de realização. Quando penso em toda a história a que pude assistir de camarote durante aquele episódio, chega a ser impressionante!”
Clancy viu outra coisa acontecer de camarote ao longo de sua carreira: ele viu a NSA criando metástases.
‘Corporativês’ divide a NSA
Quando Clancy começou, na década de 1970, a NSA se concentrava principalmente em interceptar os murmúrios pré-digitais de governos e exércitos estrangeiros. Era, certamente, uma organização secreta e envolvida em sua parcela de espionagem juridicamente duvidosa, mas não era o monstro hipercontroverso que veio a se tornar. O advento da internet na década de 1990 mudou o âmbito do trabalho da NSA. À medida que as comunicações mundiais se ampliavam para a esfera digital, a NSA estendia sua escuta para além dos satélites, linhas telefônicas e cabos telegráficos, incluindo a nova infraestrutura de comunicações online usada por governos, atores não estatais e pessoas comuns. Depois do 11 de setembro, a NSA assumiu novas tarefas e recursos em uma corrida enorme, envolvendo-se em vastas atividades de espionagem que, em muitos casos, mais uma vez provavelmente violaram a lei.
Em 2013, o ano mais recente para o qual existem estatísticas disponíveis, graças aos documentos vazados por Snowden, o orçamento da NSA foi de US$ 10,8 bilhões. A agência se tornou uma enorme burocracia e adotou as técnicas das grandes corporações, para desgosto de Clancy e outros. Você não precisa aceitar a palavra do rabugento em relação a isso. O arquivo de documentos vazados por Snowden inclui um grande número de arquivos que enaltecem uma abordagem de administração de empresas à gestão da NSA, usando um tipo de linguagem que quase parece uma paródia das comunicações corporativas. Por exemplo, um artigo do SID hoje foi intitulado “O scorecard do cliente”, e seu primeiro parágrafo é o seguinte:
“Uma das principais iniciativas da diretoria de relações com clientes (Customer Relationships Directorate, CRD) para 2004 é atualizar e melhorar os planos de suporte ao cliente (Customer Support Plans, CSPs) para cada cliente da diretoria de inteligência de sinais (Signals Intelligence Directorate, SID). O principal elemento necessário para melhorar os CSPs é o feedback do cliente. Para obter esse feedback, o CRD deu início um programa piloto denominado ‘scorecard do cliente’. Este scorecard (indicador de desempenho) será usado para determinar como a diretoria de inteligência de sinais está atendendo às necessidades de produtos e serviços de seus clientes.”
Intencionalmente ou não, a NSA estava envolvendo suas atividades de vida e morte no jargão corporativo, oferecendo a seus funcionários uma camada de isolamento semântico que os distanciava da natureza letal do que eles estavam fazendo. Afinal, seus “clientes” não são clientes no sentido usual do termo. Eles são serviços militares, agências de inteligência, a Casa Branca, o Departamento de Estado e outras partes do governo dos EUA. Os “produtos” da NSA são, da mesma forma, diferentes dos produtos da maioria das empresas. São relatórios de inteligência que incluem, por exemplo, vigilância eletrônica usada para localizar pessoas para assassinato por drones e para encontrar alvos em países estrangeiros para bombardear.
A NSA estava envolvendo suas atividades de vida e morte no jargão corporativo.
Outro documento do SIDtoday, intitulado “Fazendo o feedback do cliente funcionar para todos”, é um exercício alucinante de afunilar atividades letais através do liquidificador do blablablá corporativo. “Hoje”, afirma o documento, “nossa visão é fornecer as informações certas para o cliente certo, no momento certo – dentro de seu espaço de informações – completamente focado nos resultados de sucesso de nossos clientes”. E continua:
“Para esse fim, estamos adotando processos e tecnologia que disponibilizarão os resultados pretendidos das necessidades de informações do cliente, feedback dos clientes, comportamento e preferências observadas dos clientes, reclamações dos clientes e sua resolução em toda a empresa SIGINT com o toque de um botão. Estamos desenvolvendo os processos de negócios para esta tecnologia ao longo dos últimos 18 meses e agora estamos prontos para prototipar a tecnologia que nos levará a tendências e análises de feedback e comportamento dos clientes. Esperamos que isso resulte em relacionamentos individuais com os clientes aprimorados, beneficiando muitos clientes em todos os setores.”
Clancy ficava perplexo com esse tipo de linguagem.
“A atração do ‘jargão’ é muito forte”, escreveu ele em sua última coluna. “Ouvir alguém falar ‘corporativês’ fluentemente é como ouvir um como ouvir um bosquímano falando uma língua khoisan. É absolutamente fascinante, mas, exceto por parte do gestual, é totalmente incompreensível para pessoas de fora! Alguns meses atrás, eu estava em uma reunião que contou com a participação de seniores que não eram técnicos. Eram funcionários ou tipos de RH, e falavam ‘corporativês’. Um deles falou muito durante a reunião de uma hora, mas não faço ideia do que ele disse. Não sou uma pessoa burra (de verdade!), mas estava completamente por fora. Quero dizer, eu reconhecia as palavras: ‘alavancagem’, ‘paradigma’, ‘sinergia’, ‘sinergístico’, ‘empresa’, ‘empresa ampliada’, ‘formação de times’, ‘corporatividade’ etc., mas elas não se encaixavam de uma maneira que eu compreendesse.”
Em resposta à coluna de Clancy, os editores do SIDtoday publicaram nove comentários dos funcionários da NSA. O comentário final resumiu a reação geral. “Eu ri e chorei”, começou o comentário. “Tornou-se parte de mim. Mas, sério, Clancy acertou em cheio na minha cabeça. Nós gastamos muito tempo nesta agência falando sobre um produto exclusivo, como se fosse o maior limpador ou branqueador para lançar no mercado, que nos esquecemos de que, como uma agência do governo, não estamos em um negócio ‘com fins lucrativos’… Nosso trabalho, em primeiro lugar, é levar inteligência para as pessoas que precisam dela, ponto final. Palavras como ‘acionáveis’ ou slogans como ‘À frente com o SIGINT’ não significam nada.”
A NSA, contatada pelo Intercept, se recusou a comentar as acusações de que a agência havia se tornado corporativa demais.
Vida depois da agência
Clancy ainda vive em Maryland e, em sua aposentadoria, trabalhou por um tempo como treinador de cães na PetSmart. Ele e a mulher criam Alaskan Klee Kais, uma versão menor dos huskies siberianos. “Em torno de duas ninhadas a cada ano pelo amor de nossos cães”, ele me escreveu. “Nossos cães são nossa família.” Ele tem uma página no Facebook onde publica fotos e vídeos de seus filhotes, que são realmente muito fofos. De vez em quando, ele os leva a passeios a um Starbucks local.
Alguns de seus posts no Facebook são exatamente o que você esperaria de um rabugento autodeclarado. No ano passado, ele publicou um gráfico que dizia: “O fato de a água-viva ter sobrevivido por 650 milhões de anos, apesar de não ter cérebro, dá esperança a muitas pessoas”. Também compartilhou um vídeo que começava com o seguinte aviso: “Ter frequentado a faculdade não torna você mais inteligente do que ninguém… bom senso não vem com um diploma.” Ele inclusive se parece um pouco com um rabugento – careca, barba grisalha comprida, alguns quilos a mais ao redor da cintura –, embora na maioria das fotos ostente um largo sorriso.
Sua saída da NSA tem a característica de ser silenciosamente triunfante. Em um dos meus e-mails, perguntei se ele tinha consciência de que seu artigo final do SIDtoday havia suscitado uma resposta tão forte e positiva dentro da agência. Ele não respondeu diretamente, embora tenha escrito: “Fui abordado por funcionários atuais que descobriram quem eu sou e só queriam apertar minha mão, então, sei que pelo menos algumas pessoas se lembram de mim”.
“Eu esperava encorajar as ‘abelhas operárias’ a falarem e se envolverem mais.”
Em seu jeito ranzinza, o rabugento do SIGINT era algum tipo de delator? Certamente não como Snowden ou Chelsea Manning. Eles levaram suas críticas ao público vazando grandes quantidades de documentos secretos, esperando que suas ações estimulassem uma maior consciência dos abusos secretos do governo. Clancy dificilmente era um rebelde do tipo. No ano passado, ele postou em sua página no Facebook um gráfico que dizia: “O presidente Trump está focado na ‘América primeiro’! Os democratas estão focados em parar Trump! Pense nisso.” Ele também deu cinco estrelas a um canal pró-Trump, One News Network, e compartilhou vários posts da Convenção dos Estados, que busca manter uma convenção constitucional que restringiria enormemente os poderes do governo federal.
Esses posts levantam algumas questões interessantes. Em sua nostalgia de devolver a NSA às suas raízes culturais, Clancy acha que o governo deveria recuar para suas atividades de espionagem pós-11 de setembro? Um dos aspectos mais controversos do trabalho da NSA é que, em seus esforços para aspirar as comunicações mundiais de estrangeiros, ele também obtém imensas quantidades de e-mails, textos e registros telefônicos dos cidadãos americanos – que chama de coleta “incidental”. Embora os conservadores tendam a apoiar a vigilância da NSA como uma questão antiterrorista, o escopo da espionagem da agência atraiu críticas profundas de, entre outros, legisladores libertários como o senador Rand Paul.
Perguntei a Clancy sobre isso.
“Minhas visões políticas pessoais não tiveram influência no desempenho do meu trabalho”, ele respondeu. “Sou politicamente conservador e acredito que a governança deve ser o mais próxima possível das pessoas. A privacidade deve ser protegida, assim como nossa capacidade de coleta de informações para proteger o país.”
Seus objetivos eram aparentemente modestos: ele procurava incitar mudanças silenciosas por dentro. “Escrevi esses artigos não apenas para expressar minhas preocupações (e frustração) pessoais sobre o estado da agência, mas para fazer com que as pessoas conversassem e pensassem”, ele me disse. “Eu esperava encorajar as ‘abelhas operárias’ a falarem e se envolverem mais. Fazer as ideias subirem, se possível.”
Pedi alguns detalhes sobre as reformas que ele queria estimular, mas ele se esquivou de explicar mais. De qualquer forma, ele não parece acreditar que sua dissidência ranzinza tenha atingido às pessoas que mais importam. Como observou em seu último e-mail para mim: “Se eu influenciasse os oficiais seniores da agência de alguma forma, ficaria agradavelmente surpreso.”
Documentos
Matérias por (e sobre) Rahe Clancy, o “rabugento da SIGINT”, para o SIDtoday:
- Opinion Piece: The SIGINT Curmudgeon’s Last Shot! – 10 de abril, 2006
- Letters to the Editor: Views on the ‘Corporatization’ of NSA – 20 de abril, 2006
- The ‘Regruntlement’ of a SIGINT Collector – 3 de fevereiro, 2005
- ‘SIGINT Curmudgeon’ Excited By SCO-FEST – 1 de fevereiro, 2006
-
Can You Cut the Mustard as a SCO? — What It Takes – 27 de março, 2006
Tradução: Cássia Zanon
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