Tâmara Pereira estava exausta. Na sala de espera do posto de saúde Jardim Vitória, em Cidade Tiradentes, extremo leste de São Paulo, ela aguardava atendimento médico para seu filho mais novo, Pedro Henrique, de três anos. “Eu não entendo até hoje por que tiraram eles, sabia?”, ela me disse, referindo-se aos cubanos do programa Mais Médicos que deixaram o local no fim do ano passado depois das declarações nada amigáveis do então recém-eleito Jair Bolsonaro.
Em Cidade Tiradentes, 80% da população depende exclusivamente do SUS para cuidar da saúde. De acordo com os dados do Mapa da Desigualdade de 2018, o distrito é onde, em média, se morre mais cedo em São Paulo. Enquanto em bairros ricos como o Jardim Paulista os moradores no geral chegam aos 81 anos, quem vive em Tiradentes morre aos 58, em média. O número também é distante da média geral de vida da capital paulista, de 70 anos.
A violência e a falta de atendimento médico para doenças graves se misturam entre as principais causas da baixa expectativa de vida em Tiradentes.
Para entender como é cuidar da saúde no pior bairro de São Paulo, nós acompanhamos por 25 dias a rotina de Tâmara – uma mãe solo de três filhos, que precisa cuidar também dos pais, todos dependentes do SUS. Na maior cidade do Brasil, conseguir um médico ainda é um sacrifício.
Cidade Tiradentes é um dos distritos mais populosos da zona leste da capital, com cerca de 230 mil habitantes, uma população equivalente ao município de São Carlos, no interior paulista. Fica a 35 km de distância do centro e abriga o maior complexo de conjuntos habitacionais da América Latina, com cerca de 40 mil unidades. A “viagem” até a Avenida Paulista, por exemplo, leva cerca de duas horas de transporte público.
Do alto de um morro, avistei o horizonte imerso em predinhos da Cohab, como são chamadas pelos moradores as construções baixas e sem elevador, de até 50m². O número cada vez maior de supermercados, farmácias e lojas de roupas e acessórios nas ruas principais dão ares de grande centro ao local. Durante semana, o bairro esvazia. Parte de quem mora em Cidade Tiradentes segue para o centro da capital para trabalhar, lotando os pontos de ônibus. O distrito ostenta a menor taxa de emprego formal em São Paulo.
Cidade Tiradentes já contou com 13 médicos do Mais Médicos, todos cubanos. Hoje, apenas duas profissionais do programa, que são brasileiras, atuam em todo distrito – nenhuma na UBS Jardim Vitória, unidade de referência de Tâmara, que tem dois médicos que não são do programa.
A única maneira de entrar na UBS Jardim Vitória é por uma porta estreita em que mal há espaço para um cadeirante passar, muito menos alguém que precise ser amparado por outras pessoas para entrar na unidade de saúde. O posto fica em uma rua de terra, cortada por um rastro de esgoto assim como boa parte das ruas da Vila Yolanda, subdistrito de Cidade Tiradentes. Ali, segundo dados da prefeitura, 100% da população depende do SUS.
A um custo de quase R$ 209 mil por mês, o posto e seus 48 funcionários – apenas dois são médicos – são responsáveis por atender 9,5 mil pessoas, entre elas Tâmara e sua família. Foi ali que ela descobriu a pneumonia do filho mais novo, Pedro, então com nove meses de idade, rapidamente encaminhado para um hospital pela médica cubana Lesbia Eloina Rodriguez Baez. O número de usuários da UBS, porém, pode ser ainda maior. A prefeitura só contabiliza o atendimento dos moradores cadastrados, excluindo quem vive em áreas sem CEP e que também usa o serviço. Em todo o distrito, entre atendimento básico, emergencial e especializado, cada médico é responsável por 2,1 mil pessoas, se dividir o número total de habitantes pelo de médicos – mais de cinco vezes mais pessoas por médico do que recomenda o Pacto Nacional pela Saúde.
Em 2012, o índice de mortalidade infantil em Cidade Tiradentes era o mais alto da cidade de São Paulo, com 17,2 mortes a cada mil crianças com até um ano de idade. A chegada dos médicos cubanos, em 2013, melhorou a situação. O número caiu 23%, para 13,2, em apenas três anos de atuação dos cubanos, me disse Marta Pozzani, supervisora de Saúde no distrito entre 2013 e 2016. No entanto, o número voltou a crescer nos últimos anos. O boletim mais atualizado, de 2018, mostrou que o índice subiu 10%, para 14,6 mortes a cada mil crianças.
Três filhos e um tratamento
Tâmara, 30 anos, se mudou para Cidade Tiradentes quando tinha oito anos. Contratada em novembro do ano passado como atendente de uma loja de roupas em Santana, bairro de classe média da zona norte de São Paulo, ela ainda não está acostumada com o trem lotado que encontra pelas manhãs para ir ao serviço. Seu filho mais velho, de 15 anos, não gosta da ideia da mãe trabalhar longe de casa. Dos seus três filhos, ele é quem toma o lugar de “mãe e pai” quando Tâmara não está. Não faz isso por opção, mas porque os irmãos mais novos, de 13 e 3 anos, não têm com quem ficar. O pai das crianças saiu de casa quando o caçula era recém-nascido e nunca mais voltou.
Tâmara engravidou de Pedro Henrique, seu filho mais novo, em 2014, enquanto fazia um tratamento de um nódulo na mama no Instituto Brasileiro de Controle do Câncer. Desde então, o cotidiano da família mudou, e ela precisou interromper seu tratamento para se dedicar ao cuidado da saúde do filho. Sua última mamografia, como acompanhamento depois de retirar o nódulo de uma das mamas, foi feita há mais de um ano, em agosto de 2018.
Embora conviva com inflamações recorrentes no local da cirurgia, ainda hoje, não conseguiu ver o resultado do exame e espera uma vaga com um especialista. “Os médicos clínicos nem sequer me examinam”, conta, depois de ser informada que sua UBS de referência, a Jardim Vitória, não possui mastologista.
Pedro nasceu em julho de 2015 e, nove meses depois, voltou ao Hospital Municipal Cidade Tiradentes, o único do bairro, para sua primeira internação. “Se não fosse a doutora Lesbia, eu não saberia que meu filho tem problemas no pulmão”, me disse Tâmara. O bebê passou 12 dias internado. Foi a médica cubana também que diagnosticou a segunda pneumonia de Pedro, quando ele tinha 1 ano e 6 meses de vida. O menino passou mais 17 dias internado.
Por conta de algumas crises de bronquite, de uma obstrução nasal e das duas pneumonias, Pedro iniciou um acompanhamento com uma pneumologista, brasileira, na UBS São Carlos, em Guaianases, também na zona leste de São Paulo, a uma hora de ônibus de distância de sua casa. A doutora havia sido indicada pela cubana.
20 DE MAIO DE 2019. Estação José Bonifácio, Linha 11-Coral da CPTM. Encontro Tâmara às 8h30. Ela segurava uma guia para consulta médica com um especialista e duas receitas vencidas de medicamentos.
A maioria dos remédios que Tâmara compra para seus filhos precisa de uma prescrição médica atualizada mês a mês. Com a irregularidade na permanência de profissionais na UBS Jardim Vitória, conta ela, principalmente depois da saída dos cubanos, renovar as receitas é praticamente impossível.
As duas vagas antes ocupadas por Baez e seu marido Yunio Suarez Hernandez, também cubano, na UBS Jardim Vitória, foram repostas por contratações de médicos brasileiros de uma organização terceirizada pela prefeitura que gerencia as 12 UBSs e o hospital municipal da região. A diferença entre os dois modelos é que os médicos terceirizados não têm vínculos com os pacientes e a rotatividade é alta, principalmente em locais periféricos, como Cidade Tiradentes. Em um dia, a Unidade Básica de Saúde de Tâmara perdeu metade dos médicos. Um dos dois terceirizados pela prefeitura pediu demissão no dia 20 de maio, algumas semanas após a unidade ter sido assaltada, me contou o gerente da UBS. Ele trabalhava no local havia cerca de seis meses.
Outra estratégia para repor as vagas ocupadas pelos cubanos é a contratação de médicos brasileiros inscritos no Mais Médicos. Porém, diferente dos cubanos, o principal anseio da maioria dos doutores brasileiros inscritos no programa é saber quando vão sair dele.
Os cubanos atuavam nas Equipes da Estratégia Saúde da Família, responsáveis pelo atendimento preventivo domiciliar e em postos de saúde. Em 2013, um quarto das equipes não tinham médicos – eram formadas apenas por enfermeiros, técnicos de enfermagem e agentes comunitários de saúde. Em 2016, com o programa Mais Médicos, esse número caiu para 3,3%, segundo um estudo de 2017.
A prefeitura me disse, por e-mail, que o “atendimento na rede de saúde do município não foi comprometido após a saída desses médicos, já que o número de profissionais cubanos era pequeno diante da estrutura total da pasta”. A secretaria diz ter assegurado a continuidade do atendimento “com medidas administrativas”, como remanejamento de profissionais, plantões extras e “contratações via parceiros”.
Tâmara já perdeu as contas de quantas vezes faltou no novo trabalho para cuidar da saúde dos filhos.
Quem precisa de médico em Cidade Tiradentes costuma demorar até 72 dias para conseguir uma consulta. No resto da cidade, o prazo médio é 45 dias. Se for preciso um especialista, a demora é ainda mais longa. A solução de Tâmara é comprar os medicamentos com a receita vencida na farmácia de um amigo. Conhecido no bairro, o dono da farmácia vende os medicamentos sem receita porque sabe que muitos clientes não conseguem atendimento no SUS para renovar a prescrição ou não podem sair de casa por causa da saúde debilitada, como é o caso da mãe de Tâmara.
Luciene Pereira, de 55 anos, é hipertensa e, por conta de um problema nos joelhos, passa parte do dia sentada na cadeira do bar que administra na garagem de casa. Caminhar até a farmácia pela rua de terra parece uma missão impossível. Os buracos e a lama que se formam com a água do esgoto a céu aberto em frente ao seu portão tornam o caminho inviável para a dona do bar.
Os remédios para combater as doenças respiratórias de Pedro e a pressão alta de Kawan, o mais velho de 15 anos, consomem boa parte dos R$ 1,4 mil do salário de Tâmara. A receita do Propranolol de Kawan, que está assinada com a data do dia cinco de setembro de 2017, é a que mais lhe preocupa por conta da validade.
Os trens passam, mas não conseguimos entrar. Os vagões estavam tão abarrotados que não cabia mais ninguém. Ainda na plataforma, Tâmara me conta que Pedro recebeu alta da pneumologista, após vários meses de tratamento. Fico empolgado com a notícia e pergunto se o papel que ela segura é o atestado médico. Tâmara se aborrece e diz, erguendo o encaminhamento: “Tive que esperar quatro meses para abrir esse papel”, reclama. “Mas de que adianta?”
O papel, datado do dia 14 de janeiro e assinado por um médico otorrinolaringologista, atesta que Pedro tem 80% da vias nasais obstruídas e precisa de uma cirurgia. Ela sabe que precisa aguardar uma consulta com um cirurgião para ter seu filho encaminhado para a cirurgia, o que pode significar mais uma saga.
“Estou até vendo, vou ter que faltar mais dias no trabalho. Minha gerente vai me matar”, desabafou. Ela já perdeu as contas de quantas vezes faltou no novo trabalho para cuidar da saúde dos filhos. Só no mês de maio foram três.
Decidimos embarcar no terceiro trem, mesmo lotado.
21 DE MAIO DE 2019. Pedro queimou de febre durante toda madrugada de segunda para terça-feira, me conta Tâmara por WhatsApp. Apesar da situação do filho, ela resolveu ir ao trabalho, com medo de ser despedida. Ela suspeitava que o menino estivesse com infecção de urina e já havia combinado com sua chefe de faltar na sexta-feira para levá-lo ao médico. “A respiração dele já estava ofegante por causa da virada do tempo. Sempre que faz frio é assim”, me disse. “Mas a febre me pegou desprevenida.”
Sua casa, sem acabamento na parte de fora, construída em uma encosta, foi reformada ao longo das décadas, adaptando-se às necessidades dos filhos, principalmente de Pedro. Faz algum tempo que Tâmara decidiu erguer um muro em cima da laje para cobrir a casa com telhas. A ideia era evitar as infiltrações que mofam as paredes, piorando a saúde da criança. Mas falta dinheiro para terminar a obra. Por enquanto, ela tenta comprar um travesseiro especial, de cerca de R$ 80, indicado pela médica pneumologista para o filho mais novo conseguir dormir.
22 DE MAIO DE 2019. No dia anterior, seu pai, Raimundo Pereira, de 57 anos, passou mal no trem voltando para casa, e Tâmara seguiu com ele para o pronto-socorro. Desde que Tâmara começou o trabalho como atendente, eles voltam para casa juntos. Raimundo também trabalha em Santana, como marceneiro. Ele mora na mesma rua que a filha e busca diariamente às 5h30 a marmita preparada por ela na noite anterior, quando chega do serviço. Na volta do serviço, espera a filha por uma hora na estação Luz.
Raimundo nunca havia se preocupado com a saúde. Ultimamente, porém, se mostrou diferente. Antes de passar mal, com forte dor no peito, ele já pretendia pagar um médico no Doutor Consulta – rede popular de consultas médicas particulares – já que não consegue fazer os exames preventivos no sistema público, na UBS Jardim Vitória.
No Doutor Consulta, o valor de uma única consulta consumiria cerca de 10% do orçamento mensal de R$ 1,5 mil que recebe como marceneiro, o que dificulta a ida ao médico. É difícil gastar parte do salário com problemas de saúde que não são urgentes. Com uma rotina que começa às 5h e termina por volta das 21h, Raimundo não vai ao médico para um consulta rotineira há mais de um ano. “A única coisa que perguntam na UBS Jardim Vitória é se ele é hipertenso, diabético… Ele não é, já passou no particular, mas precisa de um acompanhamento médico”, diz Tâmara.
23 DE MAIO DE 2019. Seguindo a recomendação do médico que atendeu seu pai, Tâmara retornou ao pronto-socorro logo cedo. Eram 6h e já havia fila. Pelo jeito, ela não foi a única a voltar para buscar exames. O temor de um infarto deu lugar ao alívio: “o doutor informou que ele só teve um pico de estresse e recomendou repouso”, me contou.
O Pronto Atendimento Glória, que concentra a maioria dos serviços de Cidade Tiradentes, atende em média 17 mil pessoas por mês – quase o dobro recomendado pelo Ministério do Planejamento. Das mais de três vezes em que fui ao bairro e passei em frente ao local, pude ver, pela janela do ônibus, as enormes filas de pessoas buscando atendimento.
24 DE MAIO DE 2019. Tâmara me manda uma mensagem de voz dizendo que houve um apagão e, por isso, ela se atrasou para o trabalho. “Estourou alguma coisa no poste aqui no Jardim Vitória, e a vila amanheceu sem luz”, relatou. “Não comemos nem pão no café da manhã, porque os mercadinhos não tinham energia”. Na última vez em que isso aconteceu, lembra ela, demoraram três dias para consertar o problema.
Passava das 8h30, e Tâmara havia acabado de sair de casa. Nesse horário, normalmente, ela já estaria no trem. Pergunto se hoje não seria o dia de faltar no trabalho para ir com o Pedro ao hospital. Ela me diz que ele apresentou sinais de melhora durante a semana e que ela havia combinado de apenas sair mais cedo do serviço para tirar a segunda via dos documentos que Kawan, o mais velho, perdeu.
Faltar “sem ser muito preciso”, como ela mesma diz, significa sobrecarregar outras atendentes e perder dias preciosos com o cuidado da saúde da família quando necessário. “O Pedro já está tomando os remédios contínuos dele, se Deus quiser, não vou precisar levar ele [ao médico] não”, diz.
26 DE MAIO DE 2019. Tâmara passaou seu único dia de folga no Hospital Municipal Cidade Tiradentes para conseguir atendimento emergencial para Kawe, o filho do meio, de 13 anos, que fez um corte profundo no pé.
Descalço, Kawe jogava uma partida de futebol com seus amigos, em um campo de terra próximo a sua casa. Em um chute torto de um companheiro de time, a bola foi parar no meio do “mato”, e Kawe foi buscá-la. Sem conseguir ver por onde andava, o menino cortou o pé em algo. “O médico falou que por três milímetros não cortou o tendão dele”, me contou Tâmara.
Em Cidade Tiradentes, além da imensidão de casas da Cohab, existem muitas áreas formadas por favelas e pelos loteamentos habitacionais clandestinos instalados em áreas privadas, a Cidade Informal, como denomina a prefeitura.
Tâmara me manda uma mensagem de voz: ‘vou trabalhar muito preocupada com eles aqui em casa’.
São nesses espaços, em campos improvisados, que os jovens da região costumam ter algum tipo de lazer, já que não têm o mesmo acesso a espaços culturais como no centro de São Paulo. Apesar de ter uma população maior que a do município catarinense Criciúma, Cidade Tiradentes só tem três espaços culturais públicos. O índice de desigualdade nesse quesito é mais de 100 vezes pior do que o subdistrito da Sé, no centro da cidade, segundo o Mapa da Desigualdade, que mapeou o número de centros culturais, espaços e casas de cultura da região e o comparou com o número total da população do distrito para chegar ao resultado.
Mesmo sentindo fortes dores no peito, Tâmara diz que está preparando o almoço do dia seguinte e a marmita do seu pai. Logo em seguida, me manda uma mensagem de voz: “Vou trabalhar muito preocupada com eles aqui em casa. O Pedro com problemas para respirar, o Kawa esquecendo de tomar o remédio da pressão e, agora, o Kawe sem poder andar. Ainda bem que minha família mora aqui ao lado”, disse Tâmara. “Mesmo assim meu coração fica apertado, preciso marcar médico para eles”.
Mas não há muito tempo para se organizar nesta noite. Tâmara acordará às 5h30 no dia seguinte para trabalhar e retomar a rotina da semana.
11 DE JUNHO DE 2019. É quase 22h30 quando meu celular apitou três vezes. Me surpreendi ao ver que as mensagens são de Tâmara. Já faz alguns dias que a gente não conversa.
“Boa noite”, “eles me mandaram embora”, “não trabalho mais na empresa”, diziam as mensagens em uma sequência dolorosa.
Uma semana antes, ela havia saído mais cedo do trabalho por conta de uma febre de 40ºC de Pedro. Dois dias depois, mais uma ausência – desta vez, para retirar os pontos do corte no pé de Kawe. “Eu sou a mãe e pai deles. Então, se precisar sair mais cedo do trabalho, se precisar faltar, eu vou faltar. Eles são meus filhos”, me disse Tâmara, em áudio.
Naquele dia, mais cedo, seu chefe havia lhe chamado em sua sala, ao final do expediente, e disse que ela poderia ficar em casa cuidando dos seus filhos, pois não fazia mais parte da empresa.
Colaboração: Camila da Silva.
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