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‘A polícia pedia para falar que eu o amava’: a história do maior cárcere privado do Rio Grande do Sul

Josiane Pontes conta como se reergueu após ser mantida refém pelo ex-marido no caso de cárcere privado mais longo do RS, que teve excessos da polícia e da imprensa.

‘A polícia pedia para falar que eu o amava’: a história do maior cárcere privado do Rio Grande do Sul

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‘Eu sou Josiane Pontes, a mulher que ficou mais tempo em cárcere privado na história do Rio Grande do Sul. Procurem no Google que vocês vão conhecer a minha história’. Foi assim que a Josi se apresentou para mim e outras participantes do Curso Dandaras, que promove a formação política de mulheres negras no Rio Grande do Sul.

Essa simples apresentação de Josiane mexeu comigo e pesquisei mais sobre ela. Em fevereiro de 2010, seu ex-marido, Rodrigo Luciano Luz, inconformado com o fim da relação, manteve Josiane refém por 69h em sua casa no bairro Guajuviras, em Canoas, região metropolitana de Porto Alegre.

Nesse período, ela foi estuprada pelo ex-companheiro, com a polícia acompanhando a movimentação da casa ao lado de fora. Rodrigo foi indiciado por seis crimes: tentativa de homicídio, ameaça, porte ilegal de arma, sequestro com cárcere privado, furto de veículo e estupro. Rodrigo recebeu a pena de 23 anos, um mês e 15 dias de prisão em regime fechado. Já cumpriu parte da pena e, agora, está em liberdade.

Mas existia uma lacuna nas matérias de jornais que encontrei: nenhuma delas tinha a versão de Josiane. Intrigada, perguntei a ela se me contaria a sua história, os motivos para que o final dessa relação tivesse esse desfecho e o porquê de os jornais não terem a versão dela. “Na época, eu não queria me expor mais do que eu já estava exposta, eram muitos jornalistas. Na verdade, sempre me doía muito falar sobre o que aconteceu, eu sempre chorava, não conseguia, não tinha forças o suficiente para falar. Mas hoje consigo falar, não com naturalidade, mas sem sofrer”, disse Josiane.

Ela me contou sua história durante uma conversa de duas horas em um shopping no centro de Porto Alegre.

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Josiane, ao centro, no curso Dandaras de formação política de mulheres negras.

Foto: Maria Helena Santos

Venho de uma família desestruturada e perdi minha mãe cedo. Tinha 14 anos na época, sendo a mais velha de quatro irmãos. Meu pai era alcoolista. Quando minha mãe faleceu, eu e meus irmãos moramos com nosso pai por um tempo. Mas como meu pai bebia muito, ele não cuidava de nós e acabei virando a ‘mãe’ dos meus irmãos.

Fiz o máximo que pude, mas ficamos sem comida, sem água, sem luz, sem nada. Até o dia em que não aguentei mais. Liguei para meus familiares e falei o que acontecia. Eles vieram nos socorrer e decidiram que era melhor separar eu e meus irmãos. Assim, um vizinho que era padrinho da minha irmã a pegou para criar, enquanto a madrinha do meu irmão ficou com ele — cada um dos meus irmãos foi acolhido por alguém e só sobrou eu.

Mas uma vizinha disse que cuidaria de mim, então fui morar na casa dela. Só que, na verdade, ela me queria para fazer serviços domésticos. Fiquei por lá dois meses, até que minha madrinha veio me buscar.

A casa dessa madrinha ficava na mesma rua da de minha avó, de quem eu cuidava. Conheci meu ex-marido lá. Ele sempre visitava a minha avó e era uma espécie de motorista da família. Era muito cômodo para a minha avó insistir para eu ter um relacionamento com ele, e assim fez.

Eu nunca tive namorado. Ia completar 15 anos quando comecei a namorar com meu hoje ex-marido, que tinha 19 anos. Três meses depois, estávamos morando juntos. Foi tudo muito precoce. Conheci ele, já fomos morar juntos e, dois meses depois, estava grávida. Nunca tinha tido um relacionamento sexual, eu não sabia nada sobre sexo e acabei engravidando.

Durante 12 anos tudo o que eu fazia tinha de fazer com ele.

Ele estava me protegendo, me dando uma casa, coisas que eu não tinha. Até então, eu não sabia o que era segurança familiar. Para mim, ele era uma salvação diante da situação em que estava minha vida. Era um príncipe encantado.

Ficamos casados durante 12 anos, e eu achava tudo muito tranquilo. Ele não tinha nenhum vício, era meu companheiro, tudo era muito intenso. Era uma paixão muito forte, mas eu não podia ter amigas nem visitar meus familiares sozinha. Por um período, achei que tinha de ser assim mesmo. Durante 12 anos tudo o que eu fazia tinha de fazer com ele.

Até parei de estudar uma época. Era sempre nós dois juntos para tudo. Mas engravidei de novo e, durante a gravidez, comecei a ler e me encantei pela leitura. A leitura começou a me dar um leque de ideias, críticas e reflexões. Comecei a pensar “meu Deus, a forma como ele age comigo é errada, tenho que sair dessa vida”.

Nesse período, consegui recuperar a casa dos meus pais — que havia sido invadida —, e fomos morar nela. Foi aí que me senti mais segura – pelo menos agora eu tinha uma casa. Eu precisava me libertar. Não podia ser dependente dele daquela forma porque eu não tinha trabalho nem nada, e precisava estar sempre com ele.

Se houvesse uma festa de família e ele não quisesse ir, eu não ia também. A mesma coisa acontecia quando meus irmãos me visitavam. Ele ficava com ciúmes, porque sempre dei muita prioridade para eles, como se fossem meus filhos.

Então decidi terminar o ensino médio a distância. Estudava em casa e ele me levava para fazer as provas. Abrimos um quiosque de lanches e começamos a trabalhar juntos também. Abríamos às 7h e fechávamos às 22h. Sempre só nós dois.

Até o dia em que um cliente nosso chegou ao quiosque e falou para mim coisas sobre o carro em que o Rodrigo estava. Após essa conversa, comecei a desconfiar e juntar os pontos. Fazia sentido o que o cliente havia dito. Foi o ponto final da relação com meu ex-marido. Confirmei que ele trocava de carro de maneira ilícita e vi que eu estava arriscando a vida dos meus filhos por uma pessoa que eu achava conhecer, mas que não conhecia de verdade.

No mesmo dia, eu disse para ele: “eu não quero mais, estou arriscando a vida dos meus filhos, estou me arriscando, eu estou me sentindo mal com toda essa dominação em relação a mim, eu não quero mais”. Em resposta, ele olhou para mim e disse: “Se tu não queres mais, então um de nós vai morrer”.

Ele disse isso tranquilo. Eu me mantive firme e repeti que não queria mais mesmo. Não sei como tive forças, mas o expulsei de casa, afinal a casa era minha. Mesmo que tenha sido um processo muito demorado, eu estava mais forte, já tinha terminado o ensino médio e prestado vestibular para o curso técnico em Biblioteconomia da UFRGS, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Mesmo que ainda não soubesse o resultado, já tinha feito o processo seletivo e me sentia mais confiante com o futuro.

Rodrigo não quis sair de casa, então chamei meu irmão, contei o que aconteceu e disse que eu não queria mais. Pedi para que o levasse para a casa dos pais de meu ex-marido — eles moravam no mesmo bairro —, assim Rodrigo não ficaria sem assistência, teria para onde ir. Com a ajuda do meu irmão, ele foi.

Durante os sete meses que ficamos separados foi uma perseguição total. Ele realmente foi para a casa dos pais dele, mas, todos os dias, quando eu o via, ele estava rondando a minha casa. Quando visitava os filhos, ele fazia chantagem. Ele falava coisas como: “papai ama mamãe e mamãe não ama o papai”. Eu, pelo contrário, sempre tentei mostrar um outro lado, para não fazer meus filhos sofrerem.

Até que um dia que saí com minha filha para ir até uma lan house bem próxima de casa para ver o resultado do vestibular. Eu consegui, fui aprovada, estava feliz e contente quando ele começou a nos seguir de carro. Não o vi até perceber que ele estava em cima de nós como se fosse me atropelar. Ele abriu a porta e arrancou a menina dos meus braços, a colocou dentro do carro e a levou embora dali. Ele estava completamente descontrolado. Fez aquilo só para me assustar. Depois disso, largou a menina em casa, fez para mostrar que sabia onde eu estava, que sabia todos os meus passos.

Acreditando no sentimento de amor dele por mim, pedi para o meu irmão mais novo me ajudar e levá-lo pra casa dos familiares dele em Santa Catarina. Quem sabe ele me esquecia lá. Meu irmão foi muito prestativo. Largou a vida dele e foi com ele para lá, ficando junto dele por alguns meses. Mas ele enganou meu irmão e, sem ele perceber, voltou de carro para Canoas, chegando lá em casa às 21h. Me chamou na frente de casa e fui atender. Disse que queria ver as crianças, mas elas já estavam dormindo. Ele estava tranquilo e disse que voltava outro dia. Nisso, eu entrei em casa, quando fechei a porta, ele já a abriu, e tudo começou.

Reprodução: Record News

69h de cárcere privado

A ideia dele era me tirar de dentro de casa para me matar. Ele foi me empurrando para o pátio, me agredindo, puxando pelos cabelos. Mostrou uma agressividade que eu não conhecia. Durante todo esse tempo, eu pensava que não podia correr porque ele poderia atirar nas minhas costas — ele me mostrou que estava armado. Resisti e fui com ele para dentro de casa. Só pensava que se ele me levasse, seria pior. Pensei que precisava suportar aquilo até às cinco da manhã, o horário que minha irmã iria chegar para pegar seu uniforme e ir trabalhar. Na época, ela estava morando comigo. Pensei que ela seria a minha salvação e que eu só precisaria suportar até um pouco antes das cinco horas.

Nesse momento, a minha filha acordou. Ela sempre foi uma criança muito esperta e, de alguma forma, ela tentou me ajudar, pediu para dormir com ela. Daí ele falou pra mim: “tu não vai deitar com ela, agora tu se despede dos teus filhos”. Essas palavras me cortaram a alma.

Mas eu tinha que me manter totalmente calma, não demonstrar desespero perante as crianças, pois não sabia o que ele seria capaz de fazer. Eu falei pra minha filha: “a mãe não pode deitar agora, fica quietinha que depois a mãe vem”.

Eu tinha que me manter firme ali com ele. Foi quando aconteceu, ele me estuprou pela primeira vez. Eu tentei lutar contra aquilo, mas ele me deu uma coronhada na cabeça. Nisso, já estava próximo das 5h e escutei um barulho de moto no portão. Era minha irmã chegando com o noivo dela. Pensei que estava salva. Quando a minha irmã foi abrir o cadeado do portão, ele gritou: “não abre que eu estou armado e vou atirar”, e minha irmã gritou de volta: “eu vou entrar, a casa é minha”.

Ela insistiu tentando abrir o portão, daí ele deu um tiro da janela que atingiu meu cunhado. Minha irmã saiu dali e foi pra delegacia prestar queixa. Foi aí que se montou todo um cenário de pânico, toda uma estrutura de muitos policiais, muita gente, os vizinhos, todo mundo tentando me libertar de dentro de casa.

Dois negociadores conseguiram libertar as crianças pela manhã. O alvo dele era eu. Fiquei muito aliviada com as crianças livres, mas não completamente, pois permaneci apavorada durante aquelas 69h. Enquanto a polícia estava do lado de fora, ele me estuprava e violentava, eu só pensava: “tu vai me pagar, se eu sair viva daqui tu vai me pagar”, de tanto nojo que eu sentia dele. Em um desses momentos, ele me disse: “de que forma tu quer morrer”, e apontando pra minha cabeça dizia: “tu quer um tiro na cabeça”, e depois apontando pro meu coração dizia: “ou tu quer um tiro no peito”. Foram momentos de terror.

Teve um momento que eu disse para ele que estava muito cansada de tudo aquilo e pedi para jogar um joguinho no meu celular. Ele deixou. Foi nessa hora que consegui mandar uma mensagem pro meu irmão, dizendo que estava sendo violentada e não aguentava mais. Foi assim que a polícia começou a ligar e pedir umas coisas absurdas. Diziam para eu falar que eu o amava e que nós íamos ficar juntos, mas eu não consegui dizer isso. Ele escutava tudo que a polícia falava ao telefone. Era para ser mais uma forma de auxílio, mas tudo o deixava mais irritado.

Isso sem falar das equipes das emissoras de televisão que acompanhavam do lado de fora da casa. Nós sabíamos tudo o que acontecia do lado de fora porque os jornalistas mostravam tudo e ainda diziam os lugares em que estavam os atiradores de elite. Toda a movimentação deles passava ao vivo na televisão. Eu sabia que os policiais não iriam conseguir entrar na casa por causa das barras de ferro e os sacos de cimento de uma obra que eu estava fazendo e que ele colocou para trancar a passagem. Até que o meu irmão, que estava com ele em Santa Catarina, veio de lá até Canoas falando com o Rodrigo ao telefone. Meu irmão começou a dar mais segurança porque começou a ter medo de morrer quando saísse dali. Quando meu irmão chegou de Santa Catarina, ele abriu a porta e me liberou.

‘A polícia pedia para falar que eu o amava’: a história do maior cárcere privado do Rio Grande do Sul

Josiane Pontes cercada dos filhos e dos irmãos no dia de sua formatura em Biblioteconomia na UFRGS. Acima, abraçada à sogra, mãe de Rodrigo.

Foto: Arquivo pessoal/Josiane Pontes

A vida depois do cárcere

Quando eu saí, fui para o hospital e fiz exames para constatar os estupros. Tive que tomar por um período aquele coquetel anti-HIV, porque estávamos há sete meses separados. Fiquei um tempo morando na casa do meu irmão. Logo nas primeiras semanas, tive um acompanhamento com um psicólogo oferecido pela prefeitura de Canoas, mas foi por um curto período de tempo. Depois eu mesma procurei um tratamento com um psiquiatra. Tive problemas psicológicos, bipolaridade e síndrome do pânico.

Também busquei um espaço de convivência, as Mulheres da Paz, um grupo de fortalecimento de mulheres vítimas de violência doméstica, do qual eu me tornei membro. Permaneci dois anos nesse grupo. Até hoje busco estar com outras mulheres, fazer cursos que me fortaleçam e foi por isso que me inscrevi no Curso Dandaras. Estar com mulheres que sofreram ou sofrem as mesmas dores que eu passei é muito bom para eu perceber que não estou só. Normalmente, as pessoas não me conhecem, não sabem da minha história, mas escutar e ser ouvida é algo muito bom. A cada encontro me sinto mais fortalecida.

Mas no início não era assim. Eu tinha tanta dor de falar sobre o que aconteceu, inclusive com meus filhos. Queria tanto protegê-los de tudo aquilo que sentia, não queria que eles sofressem mais e não falava nada. Afinal, era o pai deles, e não queria colocar eles contra o próprio pai. Eu já havia sofrido bastante por causa do meu pai, principalmente na infância, quando escutava a família da minha mãe falar mal dele. Por mais que soubesse o quanto ele era um carrasco com a minha mãe, que ele abusava da bebida, aquilo ali me doía muito porque ele era meu pai. Eu cresci ouvindo: “teu pai não presta, teu pai é um bêbado”, então não queria fazer isso com meus filhos. Então fixei isso na minha cabeça: “em nenhum momento vou falar mal desse pai para os meus filhos e vou sustentar isso até o momento em que eles acharem que ele não é um bom pai, mas isso tem que vir deles, não sou eu que vou dizer isso”.

Nunca tive medo de voltar atrás e até mesmo de morrer.

Mas, no decorrer desses anos, eu tive de falar com eles sobre isso. A mãe do Rodrigo, minha ex-sogra, ficou doente e eu a cuidei. Um dia, ela me trouxe uma carta dele do presídio, dizendo que teria uma apresentação dos detentos para os filhos e eu teria que levar meus filhos lá. Pensei em não os levar porque aquele não era um lugar pra eles, mas, ao mesmo tempo, ficava pensando se quando eles crescessem não iriam me punir por eu nunca ter deixado que eles vissem o pai. Mas criei coragem e levei meus filhos lá no presídio. Assisti a apresentação ao lado deles sofrendo, mas fiquei ali com eles. Eles conseguiram se aproximar um pouco desse pai, o abraçaram e eu fiquei assistindo tudo com um nó na garganta.

Depois desse encontro, eu ficava procurando sutilmente saber se eles queriam alguma outra aproximação. O menino sempre ficava muito quieto, muito calado e eu pensava que ele queria ver esse pai, mas não me falava pra não me magoar. Então eu falava que, quando ele completasse 18 anos, ele poderia ir visitá-lo, mas enquanto ele fosse menor de idade eu não o levaria. Já a menina sempre dizia que não tinha pai, ela colocava pra fora dizendo “eu não quero ver esse cara, nem sei quem ele é”.

Dois anos depois, eles foram meus cupidos desse companheiro que estou até hoje. Minha filha começou a chamá-lo de pai. Meu companheiro dizia que, quando o meu filho fizesse 18 anos e quisesse ver o pai, ele iria junto. Quando chegou esse dia, o levamos. Mas meu filho saiu de lá decepcionado, porque Rodrigo não deu bola para ele, só ficava de beijos e abraços com sua nova companheira.

Rodrigo nunca deu nenhuma assistência para os filhos, nunca ligou, até hoje nunca pagou uma pensão. Mas um dia encontramos, minha filha e eu, com ele numa loja de Canoas. E ele me pediu perdão, disse tinha errado, que eu sempre fui uma ótima mãe e uma ótima mulher.

Nessa época, eu ainda sentia muita raiva dele, a minha vontade era falar muitas coisas pra ele, mas, na hora, a minha garganta embargou. Já faz quase dois anos que isso aconteceu, e eu estou esperando até agora alguém do estado vir me avisar que ele foi solto. Nem a Patrulha Maria da Penha bateu na minha porta, nada, eu estou sem assistência do estado até o momento.

Hoje em dia, tento auxiliar outras mulheres vítimas de relacionamentos abusivos. Quando estamos dentro de um relacionamento o qual não sabemos que é abusivo, temos que tirar forças até sair desse relacionamento, custe o que custar, e foi o que eu fiz. Nunca tive medo de voltar atrás e até mesmo de morrer. Nenhuma mulher gosta de apanhar, nenhuma mulher gosta de ser violentada ou humilhada, nenhuma pessoa gosta de viver assim. Hoje compreendo que tem milhares de outras Josis espalhadas por aí que se reergueram ou ainda estão sofrendo. E é isso que passo para minha filha, a gente não pode se calar, é melhor morrer lutando.

 

*O Intercept entrou em contato com a Brigada Militar do Rio Grande do Sul sobre a reclamação de Josiane disse não ter sido informada pela patrulha Maria da Penha sobre a soltura do ex-marido. A assessoria de imprensa da BM gaúcha informou que Josiane não possui medida protetiva e, por isso, não foi informada da decisão. Segundo a BM, o órgão só teria a obrigação de comunicar a vítima nestes casos.

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