:batedor: FALTA POUCO TEMPO :batedor:

O Intercept revela os segredos dos mais poderosos do Brasil.

Você vai fazer sua parte para que nosso jornalismo independente não pare?

Garanta que vamos bater nossa meta urgente de R$500 mil até o dia 31 à meia-noite.

Faça uma doação de R$ 20 hoje!

QUERO APOIAR

:batedor: FALTA POUCO TEMPO :batedor:

O Intercept revela os segredos dos mais poderosos do Brasil.

Você vai fazer sua parte para que nosso jornalismo independente não pare?

Garanta que vamos bater nossa meta urgente de R$500 mil até o dia 31 à meia-noite.

Faça uma doação de R$ 20 hoje!

QUERO APOIAR

O governo Bolsonaro quer o seu biscoito

Autoridade Nacional de Proteção de Dados recomenda que governo federal corrija o mecanismo pelo qual coleta cookies e pede consentimento dos usuários no portal Gov.br.


O governo Jair Bolsonaro adora evocar a Lei Geral de Proteção de Dados, a LGPD, quando convém. O uso preferido é para negar pedidos de informações feitos por meio da Lei de Acesso à Informação.

Um levantamento feito pela Transparência Brasil, por exemplo, já mostrou que nos últimos dois anos o número de respostas classificadas como “acesso negado” mencionando a LGPD explodiu: foi de 19 em 2019 para 178 em 2021.

Mas, na hora de proteger as minhas, as suas, as nossas informações, o zelo com a LGPD se esvai completamente. A Autoridade Nacional de Proteção de Dados, a ANPD, órgão criado para fiscalizar a aplicação da lei de privacidade, emitiu uma recomendação para que o portal Gov.Br se adeque à LGPD. Sim, foi isso o que você leu: nem o portal do governo federal – no qual, pasmem, a própria ANPD está hospedada – cumpre as diretrizes da lei.

Você possui 1 artigo para ler sem se cadastrar

A ANPD diz, por exemplo, que o banner que informa o usuário sobre coleta de cookies – rastreadores usados para armazenar dados pessoais e de navegação – só tem uma opção: “aceito”. Não é possível rejeitar. Isso contraria a LGPD, que determina que o nosso consentimento para esse tipo de coleta deve ser livre e informado.

O segundo problema é sobre a própria coleta em si. Ela é feita por padrão – se não quiser, você precisa pedir para sair. Além disso, não é informado o uso que o governo fará com o que está coletando em cada categoria de cookie. Por fim, a política de uso é de difícil entendimento.

O problema fica ainda mais grave porque, nos últimos anos, o governo Bolsonaro tem promovido uma integração dos serviços públicos no portal Gov.Br: de cadastros básicos aos próprios pedidos de Acesso à Informação, tudo passa por ali.

Em nome da desburocratização, fomos obrigados a criar cadastro no novo sistema. Enquanto isso, o governo sequer se preocupou em cumprir a lei de privacidade antes disso. O uso de cookies pode parecer um problema menor, mas esse tipo de rastreamento pode entregar informações relevantes e sensíveis, como localização, gênero, senhas e histórico de navegação.

Nós já vimos esse filme antes.

JÁ ESTÁ ACONTECENDO

Quando o assunto é a ascensão da extrema direita no Brasil, muitos acham que essa é uma preocupação só para anos eleitorais. Mas o projeto de poder bolsonarista nunca dorme.

A grande mídia, o agro, as forças armadas, as megaigrejas e as big techs bilionárias ganharam força nas eleições municipais — e têm uma vantagem enorme para 2026.

Não podemos ficar alheios enquanto somos arrastados para o retrocesso, afogados em fumaça tóxica e privados de direitos básicos. Já passou da hora de agir. Juntos.

A meta ousada do Intercept para 2025 é nada menos que derrotar o golpe em andamento antes que ele conclua sua missão. Para isso, precisamos arrecadar R$ 500 mil até a véspera do Ano Novo.

Você está pronto para combater a máquina bilionária da extrema direita ao nosso lado? Faça uma doação hoje mesmo.

Apoie o Intercept Hoje

Inscreva-se na newsletter para continuar lendo. É grátis!

Este não é um acesso pago e a adesão é gratuita

Já se inscreveu? Confirme seu endereço de e-mail para continuar lendo

Você possui 1 artigo para ler sem se cadastrar