O jornalismo destemido do Intercept só é independente graças aos milhares de leitores que fazem doações mensais. Mas perdemos centenas desses apoiadores este ano.

Nossa missão tem que continuar mesmo depois que o último voto for dado nesta eleição. Para manter nossa redação forte, precisamos de 1.000 novos doadores mensais este mês.

Você nos ajudará a revelar os segredos dos poderosos?

SEJA MEMBRO DO INTERCEPT

O jornalismo destemido do Intercept só é independente graças aos milhares de leitores que fazem doações mensais. Mas perdemos centenas desses apoiadores este ano.

Nossa missão tem que continuar mesmo depois que o último voto for dado nesta eleição. Para manter nossa redação forte, precisamos de 1.000 novos doadores mensais este mês.

Você nos ajudará a revelar os segredos dos poderosos?

SEJA MEMBRO DO INTERCEPT

Contra big techs, pesquisadores lançam carta pela soberania digital

Endereçado a Lula, documento pede a criação de uma infraestrutura tecnológica nacional.


Pesquisadores, professores e ativistas de todo o país lançaram nesta terça-feira, 16 de agosto, uma carta em defesa da soberania digital. Endereçado a Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, o documento diz que o Brasil não pode continuar com seu “rumo tecnológico ditado pelas consultorias internacionais ligadas à big techs”.

A mensagem, assinada por mais de 90 pessoas, critica o modelo de concentração de mercado em que gigantes transnacionais extraem dados sensíveis e de grande valor econômico da população brasileira para alimentar seus sistemas algorítmicos – e, assim, venderem produtos em “condições assimétricas e abusivas”.

“Na raiz dos arranjos de vigilância e coleta de dados, que guiam o modelo de negócio das grandes plataformas internacionais de tecnologia, estão processos de extração de conhecimentos e informações, os quais acentuam e potencializam relações de exploração do trabalho e de contratos comerciais”, diz o documento.

Como exemplo, os pesquisadores citam o caso das universidades públicas brasileiras, que adotaram docilmente o Google Workspace for Education, pacote oferecido pelo Google como “gratuito e ilimitado”, e acabaram reféns quando a big tech resolveu começar a limitar e cobrar pelo serviço. Para eles, o Brasil está em “situação de extrema vulnerabilidade” em relação à segurança de sua produção científica e tecnológica.

A carta pede uma série de medidas para incentivar a pesquisa e o desenvolvimento nacionais de tecnologia. Uma delas é a criação de uma infraestrutura federada para hospedar dados em universidades e centros de pesquisa brasileiros, além de data centers que permitam manter dados no território nacional. Também há o pedido de programas de formação, de resgate e recuperação da Telebras e de incentivo e criação de arranjos tecnológicos locais para superar a “precarização do trabalho trazida pelas big techs”, além de cooperativas de trabalhadores e outros arranjos.

Leia aqui a carta.

Você sabia que...

O Intercept é quase inteiramente movido por seus leitores?

E quase todo esse financiamento vem de doadores mensais?

Isso nos torna completamente diferentes de todas as outras redações que você conhece. O apoio de pessoas como você nos dá a independência de que precisamos para investigar qualquer pessoa, em qualquer lugar, sem medo e sem rabo preso.

E o resultado? Centenas de investigações importantes que mudam a sociedade e as leis e impedem que abusadores poderosos continuem impunes. Impacto que chama!

O Intercept é pequeno, mas poderoso. No entanto, o número de apoiadores mensais caiu 15% este ano e isso está ameaçando nossa capacidade de fazer o trabalho importante que você espera – como o que você acabou de ler.

Precisamos de 1.000 novos doadores mensais até o final do mês para manter nossa operação sustentável.

Podemos contar com você por R$ 20 por mês?

APOIE O INTERCEPT

Inscreva-se na newsletter para continuar lendo. É grátis!

Este não é um acesso pago e a adesão é gratuita

Já se inscreveu? Confirme seu endereço de e-mail para continuar lendo

Você possui 1 artigo para ler sem se cadastrar