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Ajuda militar dos EUA à Ucrânia cresce em proporções históricas – junto com riscos

A Ucrânia está a caminho de se tornar a maior beneficiária da assistência militar dos EUA no último século. Mas as dúvidas sobre as consequências permanecem.

Munição paletizada, armas e outros equipamentos com destino à Ucrânia na Base Aérea de Dover, no estado de Delaware, em 21 de janeiro de 2022.

Desde a invasão não provocada da Rússia à Ucrânia em fevereiro, o governo dos EUA tem enviado mais dinheiro e armas para apoiar os militares ucranianos do que o fez em 2020 para o Afeganistão, Israel e Egito juntos — superando em questão de meses três dos maiores beneficiários da ajuda militar dos EUA na história.

Acompanhar os números é um desafio. Desde o início da guerra, as autoridades americanas anunciaram uma enxurrada de iniciativas destinadas a apoiar os esforços de defesa ucranianos, mantendo-se aquém de um envolvimento mais direto no conflito. No último dia 8, em uma visita surpresa a Kyiv, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, anunciou um novo pacote de US$ 675 milhões em equipamento militar dos EUA, bem como um investimento de US$ 2,2 bilhões de “longo prazo” para reforçar a segurança da Ucrânia e de 17 de seus países vizinhos. Semanas antes, o presidente Joe Biden revelou um pacote de ajuda de 3 bilhões de dólares, o maior até agora, escolhendo simbolicamente o Dia da Independência da Ucrânia para o anúncio. O governo observou na ocasião que a assistência militar total comprometida com a Ucrânia este ano atingiu 12,9 bilhões de dólares, totalizando mais de 15,5 bilhões desde 2014, quando a Rússia anexou a Crimeia. E, neste mês, Biden também pediu ao Congresso que autorizasse um adicional de 13,7 bilhões para a Ucrânia, incluindo dinheiro para equipamentos e inteligência.

Como o valor da assistência é extraído de uma variedade de fontes — e nem sempre é fácil distinguir entre ajuda que foi autorizada, prometida ou entregue — alguns analistas estimam que o valor real do compromisso dos EUA com a Ucrânia é muito maior: até 40 bilhões de dólares em assistência à segurança, ou 110 milhões por dia no último ano. Acredita-se que essa assistência esteja desempenhando um papel importante nos avanços que a Ucrânia está fazendo em uma ofensiva contínua para retomar o território tomado pela Rússia no início deste ano; noticia-se que as cidades de Kupiansk e Izium já teriam sido liberadas. O que está claro é que o volume e a velocidade da assistência dirigida à Ucrânia são sem precedentes, e que legisladores e observadores estão lutando para acompanhar.

“Há uma série de fontes de financiamento, incluindo a Autoridade Presidencial de Retirada, o Financiamento Militar Estrangeiro e a Iniciativa de Assistência à Segurança da Ucrânia”, disse Ari Tolany, gerente de programas dos EUA no Centro para Civis em Conflito, ao Intercept. “Tem sido complicado rastrear quais equipamentos estão vindo de onde.”

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Analistas estimam que a Ucrânia, já a maior beneficiária da assistência de segurança dos EUA na Europa desde 2014, está no caminho para se tornar a maior beneficiária da assistência de segurança dos EUA do século. Da Grã-Bretanha na Segunda Guerra Mundial ao Vietnã do Sul, às guerras mais recentes no Afeganistão e no Iraque, o governo dos EUA há muito tem conduzido sua política externa apoiando e, em alguns casos, construindo do zero, as capacidades militares de seus aliados – muitas vezes com resultados contraditórios. Antes de o Talibã recuperar o controle do Afeganistão no ano passado – duas décadas depois de terem sido expulsos do poder – o governo dos EUA gastou cerca de 73 bilhões de dólares em ajuda militar ao país, além de bilhões a mais gastos na reconstrução do país e dos 837 bilhões que gastou indo para a guerra lá. Israel tem sido o maior beneficiário de assistência estrangeira dos EUA acumulada desde a Segunda Guerra Mundial: US$ 146 bilhões em assistência militar e financiamento de defesa antimísseis.

Há poucos precedentes para o ritmo e escala vertiginosos de gastos dos EUA com a Ucrânia. “É mais do que o enorme valor pago  ao Afeganistão por um tiro no escuro e muitas vezes mais do que a ajuda a Israel”, disse William Hartung, pesquisador sênior do Instituto Quincy, ao Intercept. “E é um feito de certa forma único que eles tenham armado um país onde há duas nações em guerra.”

Os anúncios mais recentes de assistência militar dos EUA também marcaram uma mudança significativa no escopo do compromisso dos EUA com a Ucrânia. Somas anteriores envolveram principalmente o Departamento de Defesa retirando de estoques pré-existentes para equipar rapidamente as forças ucranianas diante da necessidade urgente – no valor de 8,6 bilhões de dólares em equipamentos durante o último ano. O saque de 675 milhões anunciado por Blinken marcou a vigésima vez que o governo invocou essa autoridade para apoiar a defesa ucraniana. O pacote de US$ 3 bilhões anunciado por Biden no mês passado, no entanto, envolve novos contratos com fabricantes para produzir equipamentos de defesa que serão entregues à Ucrânia ao longo de meses e anos, a fim de, segundo as autoridades, “construir forças duradouras para garantir a liberdade e independência contínua do povo ucraniano”.

Em outras palavras, como disse o subsecretário de Defesa para Políticas Públicas Colin Kahl, esta ajuda não se destina a apoiar a Ucrânia na “luta de hoje”, mas “nos anos seguintes”.

‘Não é como se os EUA estivessem demonstrando muita confiança em suas habilidades diplomáticas para acabar com o conflito, em vez de apenas tentar superar Putin.’

O fluxo implacável de anúncios de financiamento, na ausência de qualquer discussão pública sobre o que os EUA estão fazendo para buscar o fim do conflito, sinalizou aos críticos um reconhecimento de que não há fim à vista para a guerra, e que os EUA estão comprometidos em apoiar os esforços de defesa ucranianos a longo prazo, em vez de buscar um fim negociado para o conflito.

“Os EUA estão realmente se preparando para uma longa guerra. … Na verdade, eles estão se preparando para uma guerra sem fim na Ucrânia”, disse Stephen Semler, co-fundador do Security Policy Reform Institute, um think tank de política externa dos EUA financiado por amadores que tem acompanhado a assistência. “Eles estão dizendo: ‘Nós só estamos fazendo essa abordagem de longo prazo porque Putin é quem insiste em fazê-lo.’ E isso poderia estar certo – mas, ao mesmo tempo, não é como se os EUA estivessem demonstrando muita confiança em suas habilidades diplomáticas para acabar com o conflito, em vez de apenas tentar superar Putin.”

Um porta-voz do Departamento de Estado escreveu em um e-mail ao Intercept que os EUA são o maior fornecedor de assistência de segurança à Ucrânia e “proveram rapidamente um níveis histórico [sic] de armas e equipamentos que as forças da Ucrânia têm usado efetivamente para defender sua democracia contra a guerra não provocada iniciada pela Rússia”.

“A diplomacia é a única maneira de acabar com esse conflito, mas a Rússia não mostrou sinais de que está disposta a se envolver seriamente em negociações”, acrescentou o porta-voz. “Continuamos comprometidos em apoiar um acordo diplomático e estamos atualmente focados em fortalecer a Ucrânia o máximo possível no campo de batalha para que, quando chegar a hora, o país tenha o máximo de influência possível nas negociações.”

O Departamento de Defesa e a Agência de Cooperação em Segurança de Defesa, que trabalha para promover metas de defesa e política externa dos EUA, construindo a capacidade de parceiros estrangeiros, não responderam aos pedidos do Intercept para comentar.

Bolha em Washington

A rápida sucessão de anúncios de ajuda e o pedido de Biden para que o Congresso autorize um adicional de 13,7 bilhões de dólares para a Ucrânia este mês começaram a levantar questionamentos entre os legisladores. Mas, até agora, a maioria dos que expressaram preocupação com a escala e o ritmo da ajuda se concentraram em pedir mecanismos de supervisão suficientes para garantir que as armas sejam contabilizadas e não acabem nas mãos erradas, em vez de questionar se o governo deve enviar a ajuda, ou tanto assim tão rapidamente. “Pelo menos nos EUA, houve muito pouca crítica pública à assistência à segurança em geral”, disse Tolany, do Centro para Civis em Conflito.

Isso se deve em parte à gravidade das ações russas na Ucrânia, incluindo evidências generalizadas de crimes de guerra; a falta de uma visão coerente para alternativas ao apoio militar à Ucrânia, inclusive de aliados europeus; e a determinação do governo Biden em manter o apoio dos EUA à Ucrânia em termos materiais, e não envolvendo um engajamento direto, como uma zona de exclusão aérea ou tropas americanas no terreno, principalmente depois da saída desastrosa do Afeganistão no ano passado. Questionar a assistência de segurança dos EUA para a Ucrânia é visto por muitos como uma postura controversa.

“Há uma espécie de bolha em Washington; o senso comum é dar à Ucrânia quase tudo o que ela precisa para lutar contra a Rússia”, disse Hartung, do Instituto Quincy. Ele observou que uma “linha” traçada no início pelo governo Biden para evitar a escalada russa e potenciais ameaças nucleares – como a exclusão de mísseis de longo alcance que podem chegar à Rússia – parecia estar se movendo lentamente. “Aparentemente há um teto, mas ele parece estar ficando cada vez mais alto, em relação ao que eles estão dispostos a enviar.”

Em última análise, no entanto, grande parte do debate nos EUA carece de uma visão de longo prazo, acredita Hartung.

“Não há muito apoio nos círculos oficiais para tentar pressionar por algum tipo de acordo negociado para a guerra”, disse ele. A posição dos EUA, acrescentou, tem sido a de “defender a Ucrânia”. Mas há pouca clareza sobre como a assistência está moldando o conflito. “São ideias incipientes. E não há muita análise de, vamos ver, isso funciona? Quais são as consequências no terreno? Isso vai prolongar a guerra? Essas coisas não estão na discussão, e eu acho que precisa haver mais debate sobre isso.”

Ukrainian gunmen prepares powder charges for US made M777 howitzers prior to loading their gun on the front line in the Kharkiv region on August 1, 2022.

Atiradores ucranianos preparam cargas de pólvora para os howitzers M777 fabricados nos EUA antes de carregar suas armas na linha de frente na região de Kharkiv em 1º de agosto de 2022.

Foto: Sergey Bobok/AFP via Getty Images

Atiradores ucranianos preparam cargas de pólvora para os howitzers M777 fabricados nos EUA antes de carregar suas armas na linha de frente na região de Kharkiv em 1º de agosto de 2022. Foto: Sergey Bobok/AFP via Getty Images

Rastreando as armas

Na ausência de mais escrutínio das metas finais do governo Biden na Ucrânia, grande parte do debate nos últimos meses se concentrou em garantir que os EUA possam acompanhar a assistência de segurança que envia para lá. Em julho, o Gabinete do Inspetor-Geral do Departamento de Defesa levantou preocupações sobre a “transparência e rastreabilidade” dos fundos dedicados à Ucrânia depois que o Congresso se apressou a alocar várias injeções de assistência adicional em resposta à invasão. O gabinete vem sendo preenchido com ocupantes temporários – algo que, em si mesmo, é um motivo de preocupação.

O aviso do inspetor-geral veio depois que os legisladores autorizaram o governo dos EUA a dedicar mais de US$ 40 bilhões à resposta à invasão russa da Ucrânia por meio de apoio — que vai de equipamentos de defesa a assistência a refugiados — envolvendo pelo menos seis agências governamentais dos EUA. O mais recente pacote de US$ 3 bilhões faz parte de mais de US$ 6 bilhões aprovados pelo projeto de lei para a Iniciativa Especial de Assistência à Segurança da Ucrânia do Departamento de Defesa, que complementa caminhos convencionais através dos quais os EUA também estão aumentando as capacidades militares ucranianas e as de outros “países impactados pela situação na Ucrânia”.

Nos últimos meses, os legisladores têm procurado impor alguma supervisão a assistência, incluindo propostas de emendas ao orçamento de defesa que introduziriam medidas como requisitos de relatórios do Congresso, briefings regulares para as comissões de defesa e relações exteriores, garantias de que as armas não seriam fornecidas a grupos extremistas e esforços para impedir a distribuição ilícita de armas. Alguns republicanos também pediram a criação de um inspetor-geral especial encarregado de monitorar a assistência à Ucrânia, e no início deste ano, o senador republicano Rand Paul, do Kentucky, atrasou a aprovação do pacote de ajuda de US$ 40 bilhões com uma demanda semelhante. Até agora, no entanto, os esforços para monitorar mais robustamente a ajuda tomaram o segundo lugar para obter a ajuda à Ucrânia urgentemente — uma prioridade que os críticos observam não é mais justificada, pois os pacotes de ajuda mais recentes sinalizam um esforço muito mais longo, com muito tempo para um melhor rastreamento.

Na verdade, o desafio de rastrear onde a assistência militar acaba, e como ela é usada, dificilmente é uma novidade para os EUA. Mas a grande escala e velocidade da assistência que está sendo enviada à Ucrânia tem preocupado os observadores de que os mecanismos de monitoramento existentes, já cheios de problemas, não serão capazes de acompanhar. Em conflitos recentes, os EUA perderam o controle de dezenas de milhares de rifles e pistolas que compraram para as forças de segurança iraquianas, e dezenas de milhares de outros equipamentos foram perdidos no Afeganistão, frequentemente terminando nas mãos do Talibã, que adorava exibi-los. Em outros lugares, forças estrangeiras que foram treinadas e equipadas pelos EUA para fins de “contraterrorismo” regularmente usavam suas capacidades aumentadas para lutar em conflitos não relacionados às metas de segurança dos EUA, às vezes cometendo abusos generalizados de direitos humanos no processo.

Os esforços das autoridades americanas para rastrear as armas distribuídas por meio de programas de assistência à segurança em todo o mundo têm se concentrado frequentemente em países em desenvolvimento — com grandes destinatários como Israel enfrentando pouco escrutínio mesmo quando os equipamentos fornecidos pelos EUA estavam conectados a graves violações, inclusive contra cidadãos americanos. Mas mesmo nos países onde o monitoramento de uso final está em vigor, os escritórios encarregados do trabalho sofrem cronicamente com falta de pessoal. Isso levantou o alarme sobre o número de armas que inundam a Ucrânia nos últimos meses, particularmente porque a Ucrânia tem sido historicamente um centro no comércio ilícito de armamentos, com armas contrabandeadas através do território ucraniano terminando em conflitos desde o Afeganistão à África Ocidental.

O porta-voz do Departamento de Estado disse ao Intercept que a administração leva o risco de desvio e proliferação ilícita “muito a sério”.

“Estamos atuando com o governo da Ucrânia para garantir a responsabilização da assistência, mesmo em meio ao desafiador ambiente de conflito em que está operando. Apesar das constantes alegações falsas da Rússia, vemos as unidades de linha de frente da Ucrânia efetivamente utilizando assistência de segurança em larga escala todos os dias no campo de batalha enquanto defendem seu país contra a agressão russa”, escreveu o porta-voz, citando o recente anúncio das autoridades ucranianas de uma nova comissão para fortalecer o monitoramento de equipamentos militares doados. “Não aprovaremos transferências se avaliarmos que um destinatário será incapaz de garantir adequadamente a origem dos EUA consistente com as disposições dos acordos subjacentes que apoiam a venda ou transferência de tais equipamentos.”

Em última análise, os críticos advertem que inundar a Ucrânia com armas mais rapidamente do que as autoridades podem monitorá-las apresenta riscos cujo impacto total não será conhecido por anos. E embora a maioria concorde que há um imperativo moral para apoiar a defesa ucraniana contra a agressão russa, eles notam que enviar apenas assistência militar, e aumentar os gastos militares em todos os lados, só prepara o palco para mais conflitos.

‘Se os EUA vão enviar armas para a Ucrânia, isso tem que estar a serviço de acabar com o conflito o mais rápido possível para evitar mais derramamento de sangue.’

“Se os EUA vão enviar armas para a Ucrânia, isso tem que estar a serviço de acabar com o conflito o mais rápido possível para evitar mais derramamento de sangue. … Tem que haver uma perseguição implacável ao engajamento diplomático, e o governo Biden não sinalizou que está interessado na diplomacia”, disse Semler, que também observou que, embora a ajuda à Ucrânia seja uma fração do orçamento de defesa dos EUA, a interminável assistência militar corre o risco de aumentar o apoio a um aumento mais amplo dos gastos militares que já está em níveis históricos.

“Eles dizem: ‘A Ucrânia precisa de ajuda, isso é dinheiro para nós’, e a seguir, ‘o orçamento geral precisa aumentar, porque olhe para Putin, a Polônia é a próxima, a Finlândia é a próxima, os EUA têm que estar preparados”, acrescentou, referindo-se aos funcionários da defesa. “Há um argumento moral para o envio de armas [para a Ucrânia], mas, encarando como uma questão prática, em termos de realmente acabar com o conflito, eu simplesmente não vejo esse esforço.”

Tradução: Maíra Santos

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