Faltam oito dias para a eleição mais importante das nossas vidas e ninguém que conhecemos está dormindo direto. Imagino que você esteja assim também. Isso porque nós, cidadãos engajados e preocupados com o futuro do nosso país e do mundo, não temos o luxo de sentar em nossos sofás e fingir que nada está acontecendo.
A sobrevivência da Floresta Amazônica, os nossos (poucos) direitos conquistados, a educação e a saúde pública, além das esperanças de dezenas de milhões de brasileiros que estão passando fome ou desempregados estão em jogo. A lista de consequências assustadoras é longa demais para recitar aqui. Basta dizer que a sociedade brasileira está na balança e cada um de nós precisa agir antes que seja tarde demais.
Embora o resultado desta eleição tenha um grande impacto, a verdade é que todos esses problemas continuarão pesando demais independentemente do resultado. Um olhar para o novo Senado e os governadores que tomarão posse a partir de janeiro é suficiente para entender o cenário.
É por isso que escolhemos lutar para manter o Intercept vivo, mesmo que fosse mais fácil simplesmente deixá-lo fechar. O Brasil precisa de socorro e acreditamos no poder do nosso jornalismo para fazer a diferença. E é por isso também que milhares de pessoas como você escolheram fazer sacrifícios em suas vidas para apoiar nossa missão.
Há oito dias, lançamos uma campanha para arrecadar R$ 500 mil em uma semana para salvar o Intercept. Muita gente nos disse que era impossível, mas eles estavam errados. Sabíamos o quanto nossa comunidade se dedica a lutar por uma sociedade mais justa e entende que nosso jornalismo realmente produz resultados que mudam vidas. E, olha só… Batemos a meta!
Agora, encorajados, estamos prontos para iniciar o próximo capítulo da história do Intercept Brasil. Para isso, precisamos de um parceiro de confiança para liderar a equipe editorial. É um trabalho muito difícil, então exige alguém com uma reputação estelar de competência, ética, criatividade e determinação. E conseguimos a melhor pessoa possível para o papel.
É com grande satisfação que anunciamos que Flávio VM Costa será o primeiro Editor-Chefe do Intercept Brasil!
Flávio, apesar de ser muito humilde em relação às suas muitas realizações, é um dos jornalistas mais talentosos e respeitados de sua geração. Em quase 20 anos de carreira, ele se mostrou um repórter tenaz, um editor astuto e um líder respeitado, recebendo mais de uma dúzia de prêmios ao longo do caminho, inclusive o Vladimir Herzog este mês. Não é por acaso que ele foi a preferência unânime em nossa redação para liderar nossa equipe editorial nesta nova fase.
E se tudo isso não bastasse, Flávio também é o autor renomado e premiado dos livros de contos “Caçada Russa” e “Você morre quando esquecem seu nome”. Baiano, estudou em escolas públicas de Salvador e se formou pela Universidade Federal da Bahia, sendo o primeiro membro de sua família a concluir o ensino superior.
Até recentemente, Flávio dirigia o núcleo de jornalismo investigativo do UOL, que ele mesmo fundou, onde coordenou as reportagens mais notáveis e sensíveis produzidas pelo site, inclusive várias revelações de esquemas de corrupção da família Bolsonaro. Ele tem passagens pelos jornais baianos Correio e A Tarde e na produção de documentários investigativos. Seu trabalho é amplo, mas se concentrou em política, crime organizado e corrupção no judiciário, com uma coleção impressionante de reportagens notáveis e exclusivas.
“O Intercept Brasil se consolidou como uma das redações mais eficazes e influentes do Brasil. Seu nome é sinônimo de jornalismo investigativo rigoroso e corajoso. É uma honra poder trabalhar com essa brilhante equipe nesta nova fase”, disse Flávio.
“Acredito no jornalismo que desafia o poder, questiona tudo e se compromete com a justiça. Nossa responsabilidade é revelar a verdade, independentemente de quem se incomoda com isso, e trabalhar em nome de uma sociedade mais humana”, ele acrescentou.
O Intercept tem muita sorte de ter Flávio em suas fileiras, especialmente neste momento incerto. Mas o Flávio precisa da sua ajuda para poder entregar o tipo de investigação que você espera. Voos, aluguel de carros, hotéis, refeições, taxas de cartórios, advogados, fact-checkers, fotógrafos, cinegrafistas — fazer reportagens investigativas de alta qualidade significa gastar dinheiro para sair a campo e ter a liberdade de ficar lá até conseguir a história que você veio buscar. Também queremos poder seguir trabalhando com os melhores e mais experientes jornalistas do país, o que significa que precisamos competir com redações bancadas por empresários bilionários.
Jornalismo de qualidade custa caro. E é por isso que estamos pedindo a todo mundo que acredita na capacidade do jornalismo de transformar a realidade para se tornar um apoiador mensal. É fácil de fazer e você pode cancelar a qualquer momento.
Junte-se ao Flávio e faça parte desta missão tornando-se um apoiador mensal. Vamos lutar contra as forças que querem que o Brasil seja dominado pelo medo e pela raiva.
Você sabia que...
O Intercept é quase inteiramente movido por seus leitores?
E quase todo esse financiamento vem de doadores mensais?
Isso nos torna completamente diferentes de todas as outras redações que você conhece. O apoio de pessoas como você nos dá a independência de que precisamos para investigar qualquer pessoa, em qualquer lugar, sem medo e sem rabo preso.
E o resultado? Centenas de investigações importantes que mudam a sociedade e as leis e impedem que abusadores poderosos continuem impunes. Impacto que chama!
O Intercept é pequeno, mas poderoso. No entanto, o número de apoiadores mensais caiu 15% este ano e isso está ameaçando nossa capacidade de fazer o trabalho importante que você espera – como o que você acabou de ler.
Precisamos de 1.000 novos doadores mensais até o final do mês para manter nossa operação sustentável.
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