Mais de 41 mil palestinos já foram mortos desde o começo da invasão de Israel em Gaza.

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A armadilha mortal de Israel para exterminar Gaza

Os olhos do ocidente se voltam para o Irã, e Israel intensifica os ataques para dizimar os palestinos em Gaza.

Mais de 41 mil palestinos já foram mortos desde o começo da invasão de Israel em Gaza.

Israel: estado genocida

Parte 8

Em um ano, Israel matou mais de 186 mil palestinos e aniquilou a infraestrutura de Gaza. Ao contrário do que a mídia hegemônica afirma, não se trata de uma "resposta ao ataque do Hamas" de 7 de outubro.


Com total apoio do governo Biden nos EUA, Israel está travando uma impiedosa guerra de extermínio contra os 400 mil palestinos que restam no norte da Faixa de Gaza, enquanto o governo de Benjamin Netanyahu estaria avaliando um plano para anexar o território. Desde 1º de outubro, não entram alimentos, água, nem medicamentos no norte, as forças israelenses vêm conduzindo uma campanha de intensos ataques aéreos, e forças terrestres invadiram e cercaram grande parte da região. 

Ao mesmo tempo em que ordena os habitantes a fugirem para o norte, Israel intensificou os ataques contra Deir Al-Balah, uma cidade na região central de Gaza que não sofreu a destruição em grande escala praticada pelos israelenses em outros lugares da Faixa. Centenas de milhares de palestinos fugiram para a cidade nos últimos meses. No começo da manhã de segunda-feira, Israel bombardeou um acampamento lotado para pessoas desabrigadas, no terreno do hospital Al Aqsa, envolvendo os civis em um imenso anel de fogo. Um vídeo da cena mostrou os pacientes, alguns ainda aparentemente em macas, com acesso intravenoso, sendo queimados vivos, enquanto outras pessoas do acampamento tentavam desesperadamente extinguir o fogo com pequenos baldes de água. 

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“Juro por Deus que vi pessoas queimando na minha frente. Por Deus, ninguém podia fazer nada. O homem, a mulher e a menininha queimando na minha frente, juro por Deus. Queimaram na minha frente, na minha frente. Suas almas foram embora na minha frente, na frente de nós, na frente de todos os nossos olhos”, disse Saleh Al-Jafarawi, um jornalista palestino independente que filmou o massacre. “Ninguém podia fazer nada, ninguém conseguia avançar e retirá-los. Nós tentamos, mas não podíamos, o fogo estava tão forte que ninguém conseguia avançar e tirá-los do fogo. Eles foram queimados vivos. Seus corpos foram carbonizados. Esse é um crime que nunca vimos e ninguém nunca viu igual”, acrescentou, em um vídeo publicado em seu perfil no Instagram. “Juro por Deus que as cenas ficarão em nossas memórias, ficarão em nossos corações para sempre. Nunca esqueceremos a cena que presenciei hoje: a cena de uma criança queimando no coração do fogo e ninguém conseguia ajudá-lo.”

Captura de tela de uma publicação no Instagram de Saleh Al-Jafarawi, que testemunhou o ataque israelense contra o Hospital Al Aqsa, em 14 de outubro

Pelo menos quatro pessoas morreram, e outras 70, a maioria mulheres e crianças, ficaram feridas, muitas com graves queimaduras de terceiro grau. Imagina-se que o número de mortos aumente drasticamente, uma vez que as autoridades de saúde informaram que muitos dos feridos estão em estado crítico. O hospital já estava funcionando muito acima da capacidade, e vários pacientes estão sendo tratados no chão, ou nos corredores. “Já estamos lidando com uma superlotação pelos incidentes com vítimas em massa, e o nível geral de trauma que costumamos receber, e então acrescentamos aí pacientes com queimaduras significativas, de grande extensão. Infelizmente, o destino deles está selado, nem chegarão à UTI. Eles vão morrer. Muitas crianças, muitas mulheres com queimaduras significativas morrem. Essa é a realidade aqui, na prática”, disse à rede Al Jazeera o Dr. Mohammed Tahir, um cirurgião do Reino Unido que é voluntário no Hospital Al Aqsa. “Está um espetáculo de terror aqui. Já não parece real. Honestamente, eu às vezes sinto que não é a vida real, que isso possa continuar e se permita que esse nível de sofrimento aconteça no mundo. É inimaginável.” 

Desde janeiro, Israel já atacou acampamentos dentro e fora do hospital pelo menos sete vezes. 

Os militares israelenses chamaram a incineração de civis em barracas no hospital de ataque “de precisão” contra “terroristas que estavam trabalhando em um complexo de comando e controle que foi estabelecido no local previamente conhecido como Hospital de Mártires Al-Aqsa, em Deir al-Balah”. As Forças de Defesa Israelenses, que prometeram continuar com esses ataques, não forneceram nenhuma comprovação de suas alegações sobre o uso do hospital pelo Hamas. Esse padrão de justificar ataques contra civis e locais protegidos sob alegação de que estariam sendo usados como escudos humanos ou centros de comando pelo Hamas tem sido uma marca registrada da guerra genocida de Israel, uma narrativa letal que vem sendo reiteradamente repetida pelas principais autoridades dos EUA.

Um relatório recente de uma comissão independente da ONU concluiu que “as forças de segurança israelense afirmaram que mais de 85% dos principais estabelecimentos de saúde em Gaza estariam sendo usados pelo Hamas para operações terroristas, mas não forneceram provas para fundamentar essa alegação”. A comissão acusou Israel de crimes de guerra por seus ataques contra hospitais, clínicas, ambulâncias e profissionais de saúde. “Os ataques contra estabelecimentos de saúde são um elemento intrínseco do ataque mais amplo das forças de segurança israelenses contra os palestinos em Gaza e a infraestrutura física e demográfica de Gaza, e também dos esforços para expandir a ocupação”, acusava o relatório. “A Comissão considera que Israel implementou uma política deliberada para destruir o sistema de saúde de Gaza.”

Gaza: “Um inferno sem fim”

A cobertura da imprensa internacional sobre o genocídio dos palestinos na Faixa de Gaza se reduziu nas últimas semanas, quando as atenções se voltaram para uma possível guerra entre Israel e Irã. O Pentágono anunciou no domingo que os EUA estão enviando sistemas de defesa antimíssil THAAD para Israel, e destacando cerca de 100 soldados estadunidenses para operá-los, no caso de um contra-ataque iraniano contra o esperado ataque israelense no Irã. A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, afirmou recentemente no programa 60 Minutos que o Irã era o “maior adversário” dos EUA, um posicionamento que contradiz as conclusões de diversas análises da inteligência e do Pentágono. No mês em que Israel começou sua guerra franca contra o Líbano, aumentaram também as operações de matança em grande escala em Gaza, um recado claro de que o objetivo de Israel é eliminar qualquer vestígio da vida, da arquitetura e da cultura que existiam antes dos ataques de 7 de outubro

O governo Biden, após um verão de promessas de que um acordo para encerrar a guerra estaria em vista, afastou-se de qualquer discussão sobre um cessar-fogo em Gaza. Tanto o presidente Joe Biden quanto Kamala Harris já deram repetidas declarações afirmando o direito de Israel à autodefesa, e se voltaram para o Irã como o centro das atenções na região. “Eles querem chegar a 5 de novembro (data das eleições nos EUA) com o mínimo de atrito possível”, disse Jasmine El-Gamal, ex-funcionária do Pentágono, em entrevista ao Drop Site News. “Então, mesmo que estejamos literalmente observando o extermínio de pessoas, de crianças, diante dos nossos olhos, seja lentamente, pela falta de comida, seja porque o sistema de saúde foi completamente dizimado, seja porque eles estão sendo simplesmente bombardeados até virar pó, é um recado muito claro de que eles não irão mexer nisso de agora até as eleições.”

No domingo, em uma publicação no X, Harris não mencionou os violentos ataques militares de Israel no norte e no centro de Gaza. “A ONU relata que nenhum alimento entrou no norte de Gaza em quase duas semanas. Israel precisa urgentemente fazer mais para facilitar o fluxo de ajuda aos necessitados”, escreveu Harris. “Os civis devem ser protegidos e ter acesso a alimentos, água e medicamentos. O direito internacional humanitário precisa ser respeitado.”

“A contínua assistência bélica a Israel é vista como defesa de Israel. É a narrativa deles, e eles estão se prendendo a ela.”

El-Gamal, ex-diretora de países para políticas da Síria e do Líbano na Secretaria de Defesa, durante o governo Obama, diz que alguns altos funcionários que estruturam as políticas dos EUA na região abraçaram as guerras de Israel como uma oportunidade para alterar o cenário político no Líbano e no restante do Oriente Médio, enquanto outros reconhecem a guerra como um campo minado político onde a campanha eleitoral de Harris deve evitar pisar por enquanto. “Então você tem esse favorecimento político, estratégico, diplomático e militar para que Israel basicamente tenha carta branca em Gaza e no Líbano”, diz. “A contínua assistência bélica a Israel é vista como defesa de Israel. É a narrativa deles, e eles estão se prendendo a ela.”

Poucas horas antes do bombardeio do acampamento no hospital Al-Aqsa por aviões de guerra, tanques israelenses bombardearam uma escola administrada pela ONU que abrigava pessoas desabrigadas no campo de refugiados de Nuseirat. Pelo menos 22 pessoas foram mortas no ataque, e mais de 80 ficaram feridas. A escola iria servir como local de vacinação contra a poliomielite na segunda-feira. “Gaza é um inferno sem fim. Isso tudo não pode se tornar o novo normal. A humanidade precisa prevalecer”, escreveu Philippe Lazzarini, comissário da UNRWA, em uma publicação no X.

A principal operação israelense no norte de Gaza, que começou nove dias atrás para limpar os habitantes da região, tem sido especialmente violenta. As forças israelenses já cercaam e isolaram diversas áreas, incluindo Jabaliya, Beit Hanoun, e Beit Lahia, e tanques israelenses chegaram aos arredores da Cidade de Gaza. As operações de Israel no norte de Gaza alimentaram especulações de que as FDI já estejam colocando em prática um plano promovido por um grupo de oficiais militares israelenses da reserva, liderados pelo Major-General Giora Eiland, conhecido como o plano de “render-se ou morrer de fome”. Os palestinos do norte, segundo o plano, teriam uma semana para saírem, e os que permanecessem seriam considerados combatentes pelas forças israelenses. Muitos moradores do norte se recusam a sair, em parte porque consideram que nenhum lugar em Gaza é seguro, e todos os palestinos são tratados, em regra, como alvos legítimos por Israel.

A assessoria de imprensa do governo de Gaza emitiu uma declaração de que cerca de 300 palestinos foram mortos no recente cerco israelense no norte, e que existem relatos de dezenas de corpos pelas ruas. Casas, escolas, abrigos para deslocados, todos foram atacados e destruídos. Anas al-Sharif, correspondente da Al Jazeera, um dos poucos jornalistas que não deixou o norte de Gaza desde o início do ataque israelense há mais de um ano, disse na sexta-feira: “sem exagero, esses são os dias mais difíceis da guerra de Israel em Gaza”.

Israel emitiu três novas ordens de deslocamento no começo deste mês, ordenando todos os civis no norte de Gaza a fugirem para o sul, ao mesmo tempo em que impedia que eles saíssem em segurança. Desde então, tanques e soldados israelenses invadiram e cercaram diversas áreas, especialmente o campo de refugiados de Jabaliya, onde as pessoas estão ilhadas e impossibilitadas de se moverem em meio ao bombardeio incessante e aos ataques terrestres. Na segunda-feira, Israel bombardeu um centro de distribuição de alimentos no campo, matando pelo menos 10 pessoas, e ferindo 30.

“Estávamos ficando no hospital Al-Yemen Al-Saeed, mas ele foi bombardeado. Cerca de 20 pessoas foram mortas. Não sei o que fazer, podemos morrer a qualquer momento. As pessoas estão morrendo de fome. Tenho medo de ficar, mas também tenho medo de sair”, disse um motorista da organização Médicos sem Fronteiras, preso no campo de Jabaliya.

As tropas israelenses ergueram barricadas e barreiras de areia bloqueando todas as saídas da cidade, e os soldados e quadricópteros israelenses atiram em qualquer um que se mova. “Qualquer pessoa que se aproxima dessas barricadas é alvejada sem aviso prévio”, disse ao Drop Site News um morador de Jabaliya. “Uma família inteira foi alvejada quando tentava se deslocar e deixar o campo, foram alvejados a sangue frio.”

As forças israelenses estariam demolindo e explodindo as casas deixadas para trás pelos moradores que conseguiram fugir. Tanques e escavadeiras também invadiram o cemitério Saftawi, no norte da Cidade de Gaza, no domingo, e exumaram inúmeros corpos, segundo Mada Masr.

“Devido ao cerco de ocupação israelense no campo de Jabaliya, a maioria dos ferimentos causados pelos tiros e bombas da ocupação levaram à morte, pois não há recursos médicos disponíveis para efetivamente tratar os feridos”, disse Hossam Shabat, correspondente da Al Jazeera, em uma publicação online. Shabat relatou que o Crescente Vermelho havia parado de atuar em Jabaliya devido à falta de combustível, uma vez que Israel emitiu outra ordem de expulsão. “O exército de ocupação israelense bombardeou civis enquanto fugiam dessas áreas. Os ataques não pararam”, disse ele, em 12 de outubro.

No domingo, pelo menos cinco crianças foram mortas em um ataque de drone israelense enquanto brincavam perto de um café no campo de refugiados Al-Shati, localizado na costa, a oeste de Jabaliya. Ao comentar o ataque no domingo, Bisan Owda, jornalista vencedora do prêmio Emmy, disse, chorando: “essas crianças estavam jogando futebol na rua no campo de refugiados de Shati (…) elas estavam jogando no meio dos escombros de lugares parcialmente destruídos, porque são crianças e não sabem como enfrentar isso sem brincar, e foram mortas”. “Elas morreram, como milhares de crianças antes delas. Essas pessoas não deixaram o norte da Faixa de Gaza, não só porque têm o direito de permanecer ali, mas também porque as pessoas não estão seguras no sul.”

Israel continuar a atacar jornalistas palestinos em Gaza Mohamed al-Tanani, cinegrafista da TV Al-Aqsa, foi morto enquanto fazia uma reportagem no campo de refugiados Jabaliya, e seu colega, Tamer Labad, ficou ferido. Na semana passada, o cinegrafista Fadi al-Wahidi, da Al Jazeera, foi baleado no pescoço e ficou paralisado, e Ali Al-Attar sofreu ferimentos graves quando estilhaços de um ataque israelense em Deir Al-Balah perfuraram sua cabeça.

“Bombardeios e matanças estão acontecendo por toda parte. O medo e o terror se espalharam por todas as ruas e vielas.”

Na semana passada, Israel emitiu ordens de evacuação para três hospitais do norte de Gaza, Kamal Adwan, Indonésio e Al-Awda, com ameaças de que enfrentariam “o mesmo destino do hospital al-Shifa, com destruição, mortes e prisões”.

O combustível que alimenta os geradores de energia está se esgotando em meio ao bloqueio de Israel, o que coloca os pacientes da UTI em especial risco. Um médico da UTI do hospital Indonésio enviou na segunda-feira um vídeo que mostrava pacientes inconscientes em leitos hospitalares. “Esse paciente não tem mais salvação e vai morrer. A situação é muito, muito, muito difícil”, dizia o médico. “Eles atingiram uma escola perto da nossa divisão agora, dá para ouvir a explosão”, disse em uma mensagem de áudio que acompanhava.

No hospital Kamal Adwan, os pacientes e integrantes da equipe que tentaram fugir não conseguiram fazê-lo. “O hospital vem sendo atacado diretamente há cinco dias por drones, bombas de fumaça, e projéteis de artilharia prto do hospital, no telhado do hospital, e através das janelas”, disse ao Drop Site News a Dra. Eid Sabah, diretora de enfermagem do hospital. “Bombardeios e matanças estão acontecendo por toda parte. O medo e o terror se espalharam por todas as ruas e vielas. O hospital está em péssimo estado.”

A agência da ONU para refugiados palestinos, UNRWA, publicou no domingo uma foto dos restos carbonizados de seu centro de saúde em Jabaliya. “O campo de Jabaliya tem sido a região mais atingida, com relatos de famílias presas em áreas onde há operações militares em curso. O acesso humanitário a Jabaliya continua sendo negado. Estabelecimentos e profissionais de saúde #NãoSãoAlvos, escreveu a UNRWA.

“Nas últimas duas semanas, mais de 50 mil pessoas foram desalojadas da região de Jabaliya, que está isolada, enquanto outras permanecem presas em suas casas em meio ao aumento dos bombardeios e combates. Um cerco militar que priva os civis dos meios essenciais de sobrevivência é inaceitável”, disse em um comunicado, no domingo, Muhannad Hadi, Coordenador Humanitário do UNOCHA, o Escritório das Nações Unidas para Coordenação de Assuntos Humanitários. “As operações militares mais recentes no norte de Gaza obrigaram ao fechamento de poços de água, padarias, postos de saúde e abrigos, assim como a suspensão dos serviços de proteção, tratamento de desnutrição e espaços temporários de educação. Ao mesmo tempo, os hospitais receberam um grande fluxo de lesões por trauma (…) Os civis não podem ser obrigados a escolher entre fugirem ou morrerem de fome.”

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