Hoje é Dia da Mentira, e nós ficamos até tentados a entrar na brincadeira e fazer uma pegadinha com nossos leitores, mas preferimos deixar a arte de distorcer os fatos para os mentirosos de carteirinha que agora estão cada vez mais nervosos:
“Talvez se fosse hoje, Hitler falaria ‘sem anistia’ para perseguir o pessoal”, disse o fugitivo Eduardo Bolsonaro, comparando aos nazistas qualquer um que pense em responsabilizar os bolsonaristas por seu golpe fracassado.
Seu amigo preocupado, o deputado federal Ubiratan Sanderson, por sua vez, considerou que a audiência histórica no STF, que tornou réus Bolsonaro e seus co-conspiradores, foi “um tribunal de Nuremberg”. Mas peraí: os nazistas foram julgados em Nuremberg… pelas amplas evidências de seus crimes contra a humanidade. Então, nesse cenário, o nazi é Xandão ou Bolsonaro? Essa história deles está confusa, não?
“Quem muito mente, pouco lembra”, já diz o ditado. E parece que esses golpistas desesperados dirão qualquer coisa para provar que o ditado está certo – desde que isso os mantenha fora da cadeia.
Só que nós nos lembramos da verdade. Dos 700 mil mortos da pandemia. Do genocídio dos Yanomami. Das ameaças. Das mentiras. Da espionagem ilegal. Da corrupção descarada. Do fogo…
E sabemos que, se não lutarmos agora, esses homens, com suas mãos pingando sangue, vão tomar o Congresso e a Presidência em 2026 e, logo depois, enviar dois cabos e um soldado para fechar o STF. Você consegue imaginar o que virá depois?
Sim, são necessárias muitas mentiras para sustentar uma — e a máquina golpista aprendeu bem essa lição. Seus longos tentáculos já alcançaram os agro-bilionários, milicos de alta patente, conglomerados de mídia e boa parte do congresso. Toda essa máquina está lutando para escapar ilesa enquanto trama sua volta ao poder. E, como Trump está nos mostrando nos EUA, o segundo mandato é sempre muito, muito pior.
Não podemos permitir que isso aconteça.
Enquanto as armas deles são a mentira e a malandragem, nossa arma é a investigação — e ela é muito, muito boa para expor os filhotes mimados da ditadura que se acham os donos de tudo e de todos.
Nosso país está tendo a chance de mudar o futuro de muitas gerações. O que você está fazendo para garantir que essa oportunidade não se perca?
No Intercept Brasil, estamos focados em expor os golpistas, neutralizar suas mentiras patéticas e colocá-los onde eles pertencem: na cadeia, não em palácios.
O Brasil tem o péssimo hábito de varrer seus crimes políticos para debaixo do tapete, e sempre pagamos muito caro por isso.
O Intercept nasceu em 2016 para lutar, lado a lado com muita gente corajosa, contra golpes e injustiças. Com a Vaza Jato, ajudamos a mudar a história e oferecer uma segunda chance para uma sociedade livre. Mas nossa missão ainda não acabou.
Não podemos repetir o erro da redemocratização. Não basta apenas retirá-los do poder – precisamos desmontar o projeto autoritário até a raiz que se estende dos campos de soja na Amazônia aos data centers no Vale do Silício.
É o que nossas investigações estão fazendo. Revelamos nos últimos dias como a proteção dos Bolsonaro permite que golpistas foragidos do 8 de janeiro estejam confortáveis na Argentina. Por isso, nosso editor sofreu uma chuva de ameaças de morte e ataques coordenados pela extrema direita.
Isso só acontece porque os atingimos onde dói. Nosso jornalismo está atacando a raiz do projeto deles, e não seremos intimidados enquanto tivermos o apoio de pessoas como você.
Nosso maior inimigo MESMO é a impunidade. É ela que trava o progresso desse país, encoraja novos ataques e deixa os golpistas livres para retomar o Brasil.
Os que apostam nas mentiras descaradas contam com o esquecimento. Nós contamos com a memória, com a verdade – e com você.
Mas investigar, além de perigoso, tem um preço – e ele é alto.
Pagar salários de jornalistas, garantir segurança, enfrentar processos e publicar reportagens de impacto exige estabilidade. Os boletos vêm todos os meses; mas muitas doações, não.
Temos uma oportunidade, e ela pode ser a última:
Colocar Bolsonaro e seus comparsas das Forças Armadas atrás das grades.
Ninguém foi punido pela ditadura militar, e isso abriu caminho para uma nova tentativa de golpe em 2023. Agora que os responsáveis por essa trama são réus no STF — pela primeira e única vez — temos a chance de quebrar esse ciclo de impunidade!
Estamos fazendo nossa parte para mudar a história, investigando e expondo essa organização criminosa — e seu apoio é essencial durante o julgamento!
Precisamos de 800 novos doadores mensais até o final de abril para seguir produzindo reportagens decisivas para impedir o domínio da máquina bilionária da extrema direita. É a sua chance de mudar a história!
Torne-se um doador do Intercept Brasil e garanta que Bolsonaro e sua gangue golpista não tenham outra chance de atacar nossos direitos.