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No Rio, truculência da Guarda Municipal também atinge quem tem licença

Imigrantes tiveram mercadorias apreendidas mesmo com autorização para a venda.

No Rio, truculência da Guarda Municipal também atinge quem tem licença

Não é de hoje que a Guarda Municipal do Rio de Janeiro atua com truculência e de forma arbitrária. Entra prefeito e sai prefeito, a política pública para o mercado informal continua repressiva em uma cidade que tem 18 mil ambulantes, contando apenas os cadastrados. No meio deste ano, no Arpoador, um ambulante apanhou com um bastão de ferro de um guarda. Na Praça São Salvador, em Laranjeiras, o “choque de ordem” começou no fim de março deste ano. Em 29 de setembro, a Guarda atacou no Méier, Zona Norte do Rio, em um ponto entre as ruas Dias da Cruz e Silva Rabelo, onde se concentram dezenas de camelôs, a maioria ilegais. O estranho é que a única barraca apreendida foi uma de esfirras que tinha autorização para estar ali comercializando sua mercadoria.

A barraca pertence a Toyba Hussein, refugiada vinda da Etiópia. Ela estava no médico com o marido, Mohamoud Seid, quando a colega que trabalhava com o carrinho ligou dizendo que ele estava sendo apreendido. Quando chegaram ao local, o casal de refugiados se deparou com os guardas jogando fora toda a comida que vendiam. A Guarda Municipal informou que os ambulantes não tinham autorização para trabalhar naquele local e que foram orientados a deixar o lugar outras vezes, porém desobedeceram.

Fiquei sabendo do ocorrido por uma publicação de um amigo que passava no momento. Na mesma hora entrei em contato com ele e, na sequência, falei com Mahmoud, marido de Toyba. Ele dizia, misturando inglês e português: “Por favor, help us! We want to work, we have license. They ‘joga fora’ our esfirra (sic)”. Naquele mesmo dia, fui à casa deles à noite. Eles dividem três cômodos com mais três refugiados, toda a família vive em um quarto. O casal tem três filhos e está esperando mais um.

Passado o fim de semana, fui acompanhar o processo para recuperar o carrinho. No sétimo andar da prefeitura, o chefe da fiscalização nos atende, escuta a história e conclui: “Desculpem senhores, mas aqui na fiscalização não vou poder ajudar. O caso que vocês estão relatando é um caso de polícia, vocês foram roubados. Não é atribuição da guarda apreender mercadoria de quem tem licença, muito menos jogar fora”, disse.

Mahmoud e Toyba descartaram a possibilidade de ir à polícia por medo de represálias: “Trabalhamos na rua. É muito duro, estamos expostos a tudo”, explicaram.

No último dia 4, eles finalmente conseguiram recuperar o carrinho, e eu fui buscá-lo junto com eles. Mahmoud era só alegria. Depois de deixarmos o carrinho no depósito, ele disse: “Pedro, my friend, thank you very much! Now you come to my house, my wife will cook ethiopian food”.

Temos uma oportunidade, e ela pode ser a última:

Colocar Bolsonaro e seus comparsas das Forças Armadas atrás das grades.

Ninguém foi punido pela ditadura militar, e isso abriu caminho para uma nova tentativa de golpe em 2023. Agora que os responsáveis por essa trama são réus no STF — pela primeira e única vez — temos a chance de quebrar esse ciclo de impunidade!

Estamos fazendo nossa parte para mudar a história, investigando e expondo essa organização criminosa — e seu apoio é essencial durante o julgamento!

Precisamos de 800 novos doadores mensais até o final de abril para seguir produzindo reportagens decisivas para impedir o domínio da máquina bilionária da extrema direita. É a sua chance de mudar a história!

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