:batedor: FALTA POUCO TEMPO :batedor:

O Intercept revela os segredos dos mais poderosos do Brasil.

Você vai fazer sua parte para que nosso jornalismo independente não pare?

Garanta que vamos bater nossa meta urgente de R$500 mil até o dia 31 à meia-noite.

Faça uma doação de R$ 20 hoje!

QUERO APOIAR

:batedor: FALTA POUCO TEMPO :batedor:

O Intercept revela os segredos dos mais poderosos do Brasil.

Você vai fazer sua parte para que nosso jornalismo independente não pare?

Garanta que vamos bater nossa meta urgente de R$500 mil até o dia 31 à meia-noite.

Faça uma doação de R$ 20 hoje!

QUERO APOIAR

O vexame de Sergio Moro no templo do frango com polenta

Ex-juiz vai a jantar de políticos e vê o governador do Paraná pedir votos ao adversário dele na disputa pelo Senado.


O ex-juiz, ex-ministro e ex-ex-bolsonarista Sergio Moro viu de camarote o governador Carlos Roberto Massa Junior, o Ratinho Junior, pedir votos a um adversário dele na disputa pelo Senado no Paraná, Paulo Eduardo Martins, do PL. A cena constrangedora se deu na noite de segunda-feira, 12, num jantar que reuniu, segundo a campanha de Ratinho Junior, quase 200 dos 399 prefeitos do Paraná num dos mega-restaurantes de frango com polenta de Santa Felicidade, em Curitiba.

O jantar promovido pela campanha de Ratinho tinha entre seus objetivos tentar fazer decolar a campanha de Martins, ferrenho bolsonarista. Segundo as pesquisas já divulgadas, ele aparece num distante terceiro lugar, atrás de Moro e do já senador Alvaro Dias, do Podemos, candidato a mais uma reeleição.

Apesar de não ter sido convidado para o jantar, Moro subiu ao palco com Ratinho Junior e os apoiadores do governador.

Apesar de não ter sido convidado para o jantar, Moro subiu ao palco com Ratinho Junior e os apoiadores do governador.

Foto: Divulgação/Coligação Pra Frente Paraná

O União Brasil, partido de Moro, faz parte da coligação de 11 partidos costurada por Ratinho Junior, do PSD. Assim, o ex-juiz achou uma boa ideia ir ao jantar. Convidado ao palco, ele discursou ao lado de políticos do PP, partido mais implicado na Lava Jato. “Quero destacar que o nosso único adversário nesta eleição é um adversário histórico do Ratinho Junior, é um adversário histórico meu, que é o PT”, confessou o ex-juiz declarado parcial pelo Supremo Tribunal Federal, dando tapinhas no ombro do governador. No vídeo abaixo, pode-se ver que o discurso de Moro não empolgou o público.

O líder do governo Bolsonaro na Câmara, Ricardo Barros, do PP, estava no evento e desceu do palco quando o microfone foi passado a Moro. Pelo Twitter, ele fez questão de frisar que Ratinho pediu votos a Martins em deferência ao presidente – e incluiu uma foto em que Moro aparece. Martins foi ainda mais duro: chamou o ex-juiz de “usurpador” ao dizer que ele não havia sido convidado ao evento.

Bolsonaro gostaria de ver Martins, atualmente deputado federal, no Senado para tentar levar adiante o impeachment de ministros do Supremo. Moro, por sua vez, vem fazendo afagos a Bolsonaro na tentativa de angariar votos entre eleitores do presidente.

“O União Brasil é o maior partido da coligação do governador. O adversário do Moro nessa eleição é o Alvaro Dias”, me respondeu o marqueteiro de Moro, Marcelo Cattani, ex-secretário do tucano Beto Richa, ex-governador do Paraná. Richa foi preso pela Lava Jato.

 

Correção: 13 de setembro, 15h20

Uma versão anterior deste texto afirmava que Paulo Eduardo Martins é filiado ao Republicanos, e que a coligação de Ratinho Junior tem seis partidos. Na verdade, Martins é do PL, partido de Bolsonaro, e o governador do Paraná reuniu 11 partidos em torno de sua candidatura à reeleição. O texto foi corrigido.

JÁ ESTÁ ACONTECENDO

Quando o assunto é a ascensão da extrema direita no Brasil, muitos acham que essa é uma preocupação só para anos eleitorais. Mas o projeto de poder bolsonarista nunca dorme.

A grande mídia, o agro, as forças armadas, as megaigrejas e as big techs bilionárias ganharam força nas eleições municipais — e têm uma vantagem enorme para 2026.

Não podemos ficar alheios enquanto somos arrastados para o retrocesso, afogados em fumaça tóxica e privados de direitos básicos. Já passou da hora de agir. Juntos.

A meta ousada do Intercept para 2025 é nada menos que derrotar o golpe em andamento antes que ele conclua sua missão. Para isso, precisamos arrecadar R$ 500 mil até a véspera do Ano Novo.

Você está pronto para combater a máquina bilionária da extrema direita ao nosso lado? Faça uma doação hoje mesmo.

Apoie o Intercept Hoje

Inscreva-se na newsletter para continuar lendo. É grátis!

Este não é um acesso pago e a adesão é gratuita

Já se inscreveu? Confirme seu endereço de e-mail para continuar lendo

Você possui 1 artigo para ler sem se cadastrar