LONDON, ENGLAND - DECEMBER 08:  A batch of bottled Megawatt Double I.P.A. lies in front of the fermenting vessels at inner city craft beer makers Brixton Brewery on December 8, 2015 in London, England. Located in three railway arches on Brixton Station Road, the Brixton Brewery was founded in 2013 by two local couples and hand craft nine varieties of beer in small batches. The brewery has expanded into a third railway arch at the end of 2015 as the business grows.  (Photo by Chris Ratcliffe/Getty Images)

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Indústria de bebidas alcoólicas financia oposição à legalização da maconha nos EUA

Fabricantes de álcool e analgésicos, temendo perdas de lucro, são grandes doadores na luta contra os referendos de legalização da maconha.

LONDON, ENGLAND - DECEMBER 08:  A batch of bottled Megawatt Double I.P.A. lies in front of the fermenting vessels at inner city craft beer makers Brixton Brewery on December 8, 2015 in London, England. Located in three railway arches on Brixton Station Road, the Brixton Brewery was founded in 2013 by two local couples and hand craft nine varieties of beer in small batches. The brewery has expanded into a third railway arch at the end of 2015 as the business grows.  (Photo by Chris Ratcliffe/Getty Images)

A luta contra a legalização da maconha vem sendo fortemente bancada pela setor farmacêutico e de bebidas alcoólicas, que temem possíveis perda de mercado para a erva.

Logo após um dossiê publicado na semana passada, que mostrava a fabricante de cannabis sintética financiando a oposição à legalização da maconha no Arizona, foi revelado nesta semana que um fabricante de cerveja fez uma das maiores doações recebidas por uma organização contra a legalização em Massachusetts.

A empresa Beer Distributors PAC, afiliada que representa 16 distribuidoras de cerveja em Massachusetts, ofereceu US$ 25 mil para a Campaign for a Safe and Healthy Massachusetts (Campanha por uma Massachusetts Segura e Saudável), fazendo da empresa a terceira maior doadora da organização contra a maconha.

O presidente da Beer Distributors of Massachusetts, William A. Kelley, preferiu não comentar a reportagem, mas sua organização não está sozinha na oposição à legalização dentro do setor de bebidas alcoólicas.

No Arizona, um dos cinco estados que passarão por referendos de legalização em novembro, a Arizona Wine and Spirits Wholesale Association (Associação de Vinho e Bebidas Alcoólicas no Atacado) doou US$ 10 mil para um grupo contra a legalização. Na última vez que a Califórnia considerou a legalização da maconha, em 2010, outro grupo de distribuição de bebidas alcoólicas financiou uma campanha para derrotar a legalização apoiada por agências de segurança.

No entanto, a indústria de bebidas alcoólicas não está completamente unificada em torno na política de liberação da maconha. Diversas empresas de cervejas artesanais apoiam leis que reduzem a restrição à erva.

Dossiês da Comissão de Valores Mobiliários (SEC, da sigla em inglês) mostram que grandes empresas do setor de bebidas alcoólicas revelaram a seus investidores que a maconha pode representar prejuízos aos seus resultados financeiros.

A empresa controladora da Sam Adams, Boston Beer Company, declarou a seus investidores através do formulário 10-K de desempenho financeiro que as leis que permitiriam a “venda e distribuição de maconha” podem “ter um impacto negativo na demanda” por cerveja.

O fabricante do uísque Jack Daniel’s e da vodka Finlandia, a empresa Brown-Forman, também fez um alerta em seu formulário 10-K de desempenho financeiro de que “as preferências e aquisições de clientes podem ser alteradas por diversos fatores, muitos dos quais são difíceis de prever, incluindo (…) a possível legalização de um uso mais amplo da maconha nos EUA e mudanças nas tendências de viagem, lazer, gastronomia, entretenimento e bebidas”.

As pesquisas divergem a respeito do impacto da legalização da maconha sobre hábitos de consumo. O professor de economia da Universidade do Colorado, no Denver, Daniel Rees, alegou que consumidores devem  substituir o álcool pela maconha se tiverem a oportunidade de fazê-lo. Mas a receita tributária no Colorado, estado que legalizou a maconha em 2012, sugere que os consumidores de maconha continuaram a comprar bebidas alcoólicas praticamente da mesma forma que antes da legalização.

O CEO da Brown-Forman, Paul Varga, em agosto de 2014, contou a investidores durante uma conferência telefônica sobre assuntos financeiros que a legalização da maconha vinha surgindo como uma “grande ameaça”. Mas, quatro meses depois, em outra conversa com investidores, Varga voltou atrás. “Eu não diria que a questão da legalização da maconha está me tirando o sono”, contradisse. “Mas estou prestando atenção.”

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