Rodrigo Nunes: No caminho para o fim do mundo, a radicalidade é a nossa única saída
Nesta entrevista, o filósofo e autor do recém-lançado “Do transe à vertigem” aborda diagnóstico e ações em um mundo à beira do abismo.
Nesta entrevista, o filósofo e autor do recém-lançado “Do transe à vertigem” aborda diagnóstico e ações em um mundo à beira do abismo.
Homem e branco, o candidato tanto faz parte dos grupos de maior poder quanto herda o preconceito histórico contra as pessoas desta região.
Para alunos, uniforme os transforma em alvos da polícia. No TikTok, a mesma roupa virou um objeto cobiçado por jovens classe média.
Mesmo após anos de evidências e fatos, como o assassinato de Marcelo Arruda, jornalistas e veículos ainda investem em uma polarização que nunca existiu.
Casos como a investigação da mãe de Miguel por racismo e o impedimento de uma criança de realizar um aborto são exemplos disso.
Ostentar bens de consumo e slogans como ‘pretos no topo’ e ‘é tudo nosso' é um convite à esperança, mas pode também desmobilizar.
Até que ponto nossas discussões sobre raça, classe, misoginia etc. alcançam parcelas pobres e conservadoras?
O museu paulista, que vem realizando exposições sobre indígenas, mulheres e pessoas negras, vetou fotos do MST e livro do Boulos.
Governo Bolsonaro desidrata programa de universalização da água que atende milhões de famílias para alimentar o poder da turma de Lira, Ciro Nogueira e Fernando Bezerra.
Após a proibição do Instagram a filtros que simulem intervenções estéticas, usuários vêm ensinando o uso de softwares que conseguem burlar a regra.
Vereador do Rio é exemplo de uma ‘nova’ política que se faz ao vivo e, muitas vezes, explorando a desigualdade em benefício próprio.
Os recentes cortes no orçamento das federais atingiram também os auxílios de assistência e moradia, dificultando estudo de jovens de baixa renda.
Sem ajuda estatal, técnica em enfermagem e ativista buscou apoio fora do país. Repete assim o caminho de outra travesti negra, Maria Clara de Sena.
A solidariedade limitada da ministra de Bolsonaro, que não expressou condolências pelo assassinato brutal de Jonatas, compõe a própria estrutura de um ministério.
A oferta da prefeitura do Rio para que a família de Moïse, o congolês assassinado na Barra, gerencie o memorial e quiosque no qual ele foi morto a pauladas, mostra a banalização do sofrimento das pessoas negras.
Uso do humor para conquistar as redes já transformou Bolsonaro no ‘tiozão do churrasco’. Narcisa Tamborindeguy é a última ao retornar aos holofotes por meio do meme.
Casais de mulheres precisam atender determinação da Justiça e mostrar comprovante de inseminação ou entrar com ação judicial.
Ao investir em cobertura que reduz políticos a vilões ou heróis e ao tornar estranhas práticas normais como acordos e coligações, jornalistas contribuem para a demonização da política e ascendência de nomes autoritários.
Cancelamento do curso de medicina de uma estudante prestes a se formar expõe um impasse ao estabelecer uma negritude e o enorme racismo que dificulta o trabalho de comissões de heteroidentificação.
Denúncias de pessoas brancas se autodeclarando pretas em eleição da OAB-DF trazem novamente ao debate a instrumentalização da cor da pele como forma de ocupar um espaço historicamente negado justamente a negros e negras.