A família Bolsonaro quer um engavetador-geral de estimação para comandar o Ministério Público
No governo FH, um procurador-geral da República alinhado ao presidente engavetava os casos de corrupção. Bolsonaro quer voltar a estes tempos.
No governo FH, um procurador-geral da República alinhado ao presidente engavetava os casos de corrupção. Bolsonaro quer voltar a estes tempos.
Quanto mais gente abandona o projeto da barbárie, melhor. Mas a história deve ser contada para que nunca mais o país tope um governo antidemocrático.
O ex-juiz pego corrompendo o sistema judicial é hoje o chefe da PF e a usa para perseguir professores e colocar seus esqueletos no armário.
Eduardo Bolsonaro representa o “Movimento”, seita de extrema direita formada por Steve Bannon, Orbán e Salvini, que vibraram com sua indicação ao cargo.
Como o terraplanismo e o negacionismo climático, o movimento antivacina tem encontrado guarida na extrema direita mundial.
Pelo menos sete parlamentares que defenderam o ministro e herói do combate ao crime estão enrolados em denúncias e condenações por corrupção e fraude.
Boa parte deles se calou publicamente diante da agenda político-partidária de Moro e se tornou cúmplice do ex-juiz.
Ou a opinião pública reconhece os desvios éticos da Lava Jato como inaceitáveis ou seguiremos destruindo a democracia.
As provas reveladas pela #VazaJato são explícitas e não há mais espaço para divergências.
Enquanto 55 morriam nas cadeias de Manaus, Moro elogiava militância bolsonarista nas ruas. Demorou 3 dias para reagir.
Ao sentir cerco se fechar, bolsonaristas organizaram ato com tendências antidemocráticas.
Carla Zambelli e sua turma de monarquistas não têm mais vergonha de combater o ambientalismo, as liberdades sexuais e direitos sociais.
Bibo Nunes conspirou para colocar um réu com processo de caixa 2 na presidência do partido no estado e está com contas de campanha sob suspeita.
Trabalhando no Ministério da Economia de perfil liberal, há o curioso caso de um diretor que defende o fim do estado.
É a mesma lógica estúpida introduzida no debate público pós-Lava Jato: se você critica a operação, logo está ao lado dos corruptos.
Desde então, desrespeito à ordem constitucional virou padrão e, em muitos momentos, contou com o apoio popular.
Weintraub tem como única plataforma o combate ao comunismo.
É evidente a sintonia entre as pautas de Bolsonaro e as dos nazistas: o ataque às minorias, a defesa da família e o combate ao comunismo.
Não se trata de revisionismo histórico vagabundo. É pior: é um presidente eleito pelo voto defendendo um golpe que interrompeu a democracia por 20 anos.
O caráter político da decisão está quase que declarado no despacho que autorizou pedido de prisão de Temer, Moreira Franco e outras 10 pessoas.