O Brasil não combate a pobreza; nosso país combate o pobre
Esse ódio ao pobre tem um nome: aporofobia. O presidente Jair Bolsonaro e seu ministro Paulo Guedes já demonstraram sofrer do mal.
Esse ódio ao pobre tem um nome: aporofobia. O presidente Jair Bolsonaro e seu ministro Paulo Guedes já demonstraram sofrer do mal.
Ao classificar homens negros que trabalham em obras de arte como “escravos”, desumanizamos duplamente pessoas que precisam trabalhar e viver dentro de um sistema capitalista cuja gênese já é racista.
Em um país no qual ser visto pode representar a chance de ser cidadão, o alagoano surge como representante de um fenômeno em que sair da pobreza é uma conquista pessoal, uma louvação à meritocracia.
Aqui, no Recife, vejo constantemente seus corpos, geralmente muito magros e geralmente muito pretos, ziguezagueando trajetórias entre os carros.
É preciso encarar: esta democracia não é possível em um país cuja concentração de renda só perde para a do riquíssimo Catar.