A justiça que burla a Constituição joga a democracia na cova
Ou a opinião pública reconhece os desvios éticos da Lava Jato como inaceitáveis ou seguiremos destruindo a democracia.
Ou a opinião pública reconhece os desvios éticos da Lava Jato como inaceitáveis ou seguiremos destruindo a democracia.
As provas reveladas pela #VazaJato são explícitas e não há mais espaço para divergências.
Enquanto 55 morriam nas cadeias de Manaus, Moro elogiava militância bolsonarista nas ruas. Demorou 3 dias para reagir.
Ao sentir cerco se fechar, bolsonaristas organizaram ato com tendências antidemocráticas.
Carla Zambelli e sua turma de monarquistas não têm mais vergonha de combater o ambientalismo, as liberdades sexuais e direitos sociais.
Bibo Nunes conspirou para colocar um réu com processo de caixa 2 na presidência do partido no estado e está com contas de campanha sob suspeita.
É a mesma lógica estúpida introduzida no debate público pós-Lava Jato: se você critica a operação, logo está ao lado dos corruptos.
Desde então, desrespeito à ordem constitucional virou padrão e, em muitos momentos, contou com o apoio popular.
Weintraub tem como única plataforma o combate ao comunismo.
É evidente a sintonia entre as pautas de Bolsonaro e as dos nazistas: o ataque às minorias, a defesa da família e o combate ao comunismo.
Não se trata de revisionismo histórico vagabundo. É pior: é um presidente eleito pelo voto defendendo um golpe que interrompeu a democracia por 20 anos.
O caráter político da decisão está quase que declarado no despacho que autorizou pedido de prisão de Temer, Moreira Franco e outras 10 pessoas.
Até quando concessões públicas serão usadas para fomentar o ódio?
Entramos no terceiro mês de governo e o que vemos até aqui é um homem perdido no figurino de presidente. Elegemos um chimpanzé.
No altar de Jair Bolsonaro, há uma lista com ladrões, assassinos, torturadores e um pedófilo que ganharam elogios públicos do presidente da República.
Praticamente todo santo dia se descobre uma pilantragem nova nas campanhas do partido do presidente.
Homem forte da campanha e dono do cofre, Gustavo Bebianno pode se tornar um inimigo com alto potencial de destruição.
A imagem de seu Nilson Papinho foi amassada pelo rolo compressor das milícias virtuais para difamar feministas.
O progressismo do general é apenas uma questão de referência. Até trezoitão parece progressista ao lado do presidente.
Para todo problema ético do governo Bolsonaro, Sergio Moro tem uma resposta hipócrita e constrangedora.